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Fotoreportagem: Sérgio Godinho & A urgência de cantar a Liberdade no Coliseu dos Recreios

Fotoreportagem: Sérgio Godinho & A urgência de cantar a Liberdade no Coliseu dos Recreios

Redacção
Inês Barrau

Ouvir um concerto de Sérgio Godinho é relembrar-nos que a luta pela Liberdade nunca deve ser descurada. A luta continua e é infinita.

O regresso ao Coliseu de Lisboa de Sérgio Godinho ocorreu nos dias 20 e 21 de Março com duas apresentações há muito esgotadas de “LIBERDADE25”. Este espectáculo de comemoração dos 50 anos do 25 de Abril é uma selecção de temas onde figuram, naturalmente, os “obrigatórios”, onde as releituras sempre dinâmicas de obras do passado são já um hábito, mas há nesta nova visita ao seu repertório espaço para novos arranjos e evocações a alguns dos seus companheiros de sempre, como Zeca Afonso ou José Mário Branco.

Um cenário bonito com fotos das várias fases da vida de Sérgio Godinho, recebeu uma das grandes vozes do cancioneiro da música portuguesa e a banda que o acompanha há mais de duas décadas, “Os Assessores”, dirigidos por Nuno Rafael, que agigantam qualquer concerto de Godinho.

Até aqui poucas novidades: grandes hinos cantados e tocados magistralmente como “Dancemos no Mundo”, “Com um brilhozinho nos olhos”, “Os vampiros”, “Liberdade”, “Que força é essa”, “Maré Alta” ou “Grão da Mesma Mó”. Para gáudio dos presentes estreou-se “A big sale da caridade”, o inédito que Sérgio escolheu trazer a este “LIBERDADE25”. Canto Nono e A Garota Não foram os convidados especiais dando um brilhozinho especial.

Sérgio Godinho é indiscutivelmente uma das grandes vozes da revolução de Abril, marcou gerações com os seus temas intemporais, deixando a todos nós e às gerações vindouras algumas das mais bonitas canções da música portuguesa. Inspira novos compositores e cantautores, que continuam o seu legado, como A Garota Não, uma das grandes herdeiras da sua música de intervenção. Para além do que estava programado, A Garota Não preparou uma bonita homenagem a Godinho com uma nova canção em jeito de manta de retalhos com os vários títulos das canções de Godinho, a que lhe chamou “Diga 33”. E que bonita que ficou.

Na despedida, com a plateia em pé, ouviu-se o emocionante “O primeiro dia” com a projecção de fotos de Godinho com José Mário Branco e Zeca Afonso. Difícil foi segurar as lágrimas.

Celebrou-se a Liberdade sem lamurias ou queixumes. Celebrou-se a Liberdade com alegria, força e palavras de ordem. A luta continua!

Em baixo podes ver a fotogaleria.