Fotoreportgem: Depeche Mode em grande forma em Lisboa
Ainda a enfrentarem o luto pela morte inesperada do teclista Andy Fletcher, os Depeche Mode regressaram a Portugal para prestar homenagem ao seu eterno parceiro com a apresentação do seu mais recente álbum, “Memento Mori”. Com um jogo de luzes e de projeções deslumbrante, um Martin L. Gore inspirado e profundamente emotivo nos momentos a solo e um Dave Gahan sempre gingão e com a sua voz barítona intocável, ficou demonstrado que enquanto houver palcos para pisar os Depeche Mode vão continuar.
A noite começou com o regresso da voz ríspida e poderosa de Suzie Stapleton, que relembrou que esteve em Portugal, há uns anos atrás, para tocar num pequeno bar, mais precisamente em 2016, onde a conhecemos numa viagem de comboio a convite do Westway Lab. Vão ouvir com mais atenção, vai valer a pena.
Quando a 26 de Maio de 2022 surgiu a notícia de que Andy Fletcher tinha falecido inesperadamente devido a um problema cardiovascular, foram muitos os que questionaram o futuro dos Depeche Mode. Afinal de contas, Fletcher era o eterno teclista da banda e, juntamente com Martin Gore e Vince Clarke, um dos fundadores. O seu papel enquanto compositor e membro activo sempre foi alvo de escrutínio, porém, é inegável que Fletcher era o terceiro vértice de um triângulo composto por dois grandes egos: Gore e Gahan. Descrito como o elemento de desempate, Fletcher sempre foi visto como o membro que dava coesão e estabilidade à banda em momentos de maior tensão. Por outro lado, o músico nunca escondeu o seu interesse pela indústria/negócio da música e ao longo dos anos ajudou a banda com questões burocráticas relacionadas com negócios e contractos e como publicista no anúncio de álbuns e tours.
Se por ventura alguém se tivesse esquecido do nome do álbum que os Depeche Mode estariam prestes a apresentar no concerto, um grande M, a preencher grande parte da tela de fundo, rapidamente dissipou esses equívocos. “Memento Mori”, editado em Março de 2023, foi possivelmente o álbum mais difícil da carreira da banda. Apesar de terem começado o processo de composição e de captação de demos ainda com Andy Fletcher, tudo se limitou a um esboço. Aliás, uma boa parte das malhas de “Memento Mori”, quatro para ser mais preciso, foram compostas numa colaboração entre Martin Gore e Richard Butler, o vocalista dos Psychedelic Furs, durante a pandemia, e retratam a morte, algo que se revelaria de certa forma profético com a partida de Fletcher.
Na MEO Arena, e em toda a tour de “Memento Mori”, Peter Gordeno, músico de tour dos Depeche Mode desde 1998, foi o responsável por preencher o vazio sonoro deixado por Fletcher. Um grande regresso dos Depeche Mode aos álbuns e aos palcos.
Podes ler a reportagem completa ao concerto, aqui.
Em baixo vê a fotoreportagem.