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Mike Mangini Admite Que Nunca Será Totalmente Consensual nos Dream Theater

Mike Mangini Admite Que Nunca Será Totalmente Consensual nos Dream Theater

Redacção

Na antecâmara da edição do 15º álbum dos Dream Theater – “A View From the Top of the World” chega já dia 22 de Outubro -, Mike Mangini tornou a abordar um assunto eterno: a sua eleição para o lugar de Mike Portnoy e a resistência que, passados mais de 10 anos, ainda encontra em muitos fãs da banda.

Durante uma entrevista no “The Everyman Podcast”, Mike Mangini abordou o facto de ainda não ter sido aceite por um amplo número de fãs, que se mantém agarrados aos dias em que Mike Portnoy ainda estava na banda e que ainda avaliam cada segundo dos Dream Theater sob essa lente.

«Estamos [Dream Theater] sob um escrutínio tal que chega a ser quase hilariante. Não importa há quanto tempo [estou na banda] – há um pequeno grupo de fãs para os quais simplesmente, não importa o quê, não há nada que possa fazer bem. Não há qualquer problema – as pessoas estão habituadas àquilo a que estão habituadas e tudo isso. Isso simplesmente não me incomoda. Compreendo isso. Mas essa malta… Todos os primeiros comentários que surgem estão a bater-nos e é toda essa malta. (…) Estão sempre à espera de cada coisa nossa, apesar de já não gostarem de nós. Acho isso bizarro».

O baterista aprofunda mais a questão da ligação emocional dos ouvintes a certos discos ou momentos das bandas. «Tudo o que sei é que essas pessoas aparecem sempre e permanecem. Por isso, pergunto-me porquê. Mas talvez seja, mais uma vez, uma coisa de nostalgia: ‘Ei, sou um fã de AC/DC. Não quero mesmo que se afastem muito do ‘Back In Black’. Não quero’. Cada banda teve um par de álbuns, uma era ou o que quer que seja, que certas pessoas gostam mesmo. E quando isso muda, é desconfortável. A questão é a seguinte, o essencial de tudo isto: compreendo isso. Eu disse-o desde o primeiro dia: Não vou ser apreciado por certa percentagem de pessoas. E também não teria gostado de mim. Portanto, siga», confessa, descontraído.

Mangini juntou-se ao Dream Theater em finais de 2010, através de uma audição amplamente divulgada e na qual superou outros seis dos melhores bateristas do mundo: Marco Minnemann, Virgil Donati, Aquiles Priester, Thomas Lang, Peter Wildoer e Derek Roddy. Depois de ter criado a sua reputação na década de 90, quando tocou com os Extreme e, mais tarde, com Steve Vai, Mangini havia abraçado, a tempo inteiro, a carreira de professor no reputadíssimo Berklee College of Music. Deixou essa posição para passar a tocar com os Dream Theater. O seu primeiro álbum com a banda foi editado em 2013. Podes ler a nossa análise ao disco homónimo, aqui.

É já esta semana que se dá o lançamento de um novo álbum de estúdio da banda. “A View From The Top Of The World”, o 15º da carreira, foi produzido por John Petrucci, com a colaboração do engenheiro de som e produtor James “Jimmy T” Meslin e misturado/masterizado por Andy Sneap. A banda vem a Portugal apresentar o novo trabalho, que sucede “Distance Over Time” (2019). Depois de terem conquistado mais de 10 milhões de streamings no dia de lançamento do 14ª álbum, e de terem alcançado o primeiro lugar nas tabelas do iTunes e o 24ª lugar na lista Billboard 200, os Dream Theater encontram-se no seu melhor momento musical, expandindo o som que ajudaram a criar, enquanto mantêm os elementos com os quais conquistaram fãs dedicados no mundo inteiro.

Os Dream Theater foram uma das últimas bandas que vimos ao vivo antes de rebentar a pandemia. O reencontro está marcado: 29 de Abril de 2022, os Dream Theater sobem ao palco do Campo Pequeno para um concerto imperdível. Os bilhetes estão à venda em everythingisnew.ptTicketline, FNAC, El Corte Inglés, Worten, Agência ABEP, SeeTickets e Masqueticket.


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