Moog vs. Donald Trump
Moog alerta para o aumento de custos na sua linha de produção e possibilidade de despedimentos para fazer face às novas medidas fiscais da Administração Trump.
O programa fiscal de Donald Trump penaliza severamente as importações para os Estados Unidos da América, particularmente as importações de produtos vindos da China. Estas medidas já haviam sido denunciadas como bastante penalizadoras por um gigante como a Harley Davidson e agora chegaram ao mundo da música.
A Moog, lendária marca de sintetização, está a ponderar as acções a tomar para evitar os 25% de taxas de impostos sobre as placas de circuitos chineses, além dos componentes a isso associados, que utiliza nos seus produtos. A marca enviou mesmo uma newsletter aos seus clientes e seguidores, avisando que essa taxa de importação terá efeitos «imediatos e drásticos no aumento dos custos de produção dos nossos instrumentos e contém potencial para nos forçar ao despedimento de funcionários e (no pior cenário possível) fazer com que mudemos algum do nosso fabrico, se não mesmo todo, para o estrangeiro».
A Moog exorta os seus clientes norte-americanos a contactar os seus deputados eleitos, sensibilizando-os a eliminar os novos impostos. Podem aceder à totalidade da newsletter AQUI.
Num artigo da Business Insider, é assinalado que um dos maiores problemas com as tarifas do programa presidencial norte-americano é que muitos «dos bens sujeitos às novas taxas são bens intermediários, ou componentes, utilizados para fabricar os produtos finais», o que terá um impacto negativo nas indústrias que Trump se propõe auxiliar. «No caso dos sintetizadores da Moog, a marca usa várias placas de circuito americanas, para criar e finalizar os instrumentos. Mas os materiais brutos usados nas placas de circuitos são feitos na China, significando que o preço irá subir bastante para um fabricante de pequena/média dimensão como a Moog», acrescenta o artigo.
Naturalmente, o mercado europeu e, em particular, o mercado nacional irá sentir ainda mais este aumento nos custos de produção, afinal os Moog não são dos instrumentos mais economicamente acessíveis, por mais desejáveis que possam ser.