Morreu Malcolm Cecil, O Lendário Produtor de Stevie Wonder
Malcolm Cecil, um pioneiro da produção e sintetização, conhecido pelo seu trabalho no sintetizador TONTO e em alguns dos maiores álbuns de Stevie Wonder dos anos 70, morreu aos 84 anos de idade.
A sua morte, a 28 de Março, foi anunciada através da conta no Twitter da Bob Moog Foundation, que também revelou que Cecil sofria de «doença prolongada». «É com o coração bem pesado que partilhamos a morte do lendário génio criativo, músico, engenheiro, produtor e pioneiro da sintetização, Malcolm Cecil», lê-se em post da organização.
A influência do trabalho de Malcolm Cecil como produtor é amplamente reconhecido, tal como o seu trabalho no desenvolvimento do TONTO (The Original New Timbral Orchestra), que começou como um sintetizador analógico que ele e Robert Margouleff conceberam e construíram ao longo de vários anos.
O TONTO trouxe uma série de novos sons e tornou-se o primeiro sintetizador analógico polifónico multitímbrico do mundo. Continua a ser o maior sintetizador deste tipo em existência. Através da sua utilização, Cecil e Margouleff foram creditados como produtores associados, engenheiros e programadores em alguns dos maiores álbuns de Stevie Wonder dos anos 70, casos de “Music Of My Mind”, “Talking Book”, “Innervisions” e “Fulfillingness’ First Finale”.
De resto, bastaria dizer que os teclados que podem ouvir em “Superstition” foram criados pelo massivo synth, que tornou a ser usado por Stevie Wonder, já nos anos 90, na banda sonora de “Jungle Fever”, filme de Spike Lee.
Juntamente com Margouleff, Cecil lançou dois álbuns de estúdio no início dos anos 70 como parte da TONTO’s Expanding Head Band.
It is with the heaviest of hearts that we share the passing of the legendary creative genius, musician, engineer, producer, & synthesizer pioneer, Malcolm Cecil, show here w his creation TONTO. He passed away today at 1:17am after a long illness. #malcolmcecil #TONTO #moog pic.twitter.com/yYqcmuf5AV
— Bob Moog Foundation (@MoogFoundation) March 28, 2021
Enfrentamos tempos de incerteza e a imprensa não é excepção. Ainda mais a imprensa musical que, como tantos outros, vê o seu sector sofrer com a paralisação imposta pelas medidas de combate à pandemia. Uns são filhos e outros enteados. A AS não vai ter direito a um tostão dos infames 15 milhões de publicidade institucional. Também não nos sentimos confortáveis em pedir doações a quem nos lê. A forma de nos ajudarem é considerarem desbloquear os inibidores de publicidade no nosso website e, se gostam dos nossos conteúdos, comprarem um dos nossos exemplares impressos, através da nossa LOJA.