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Músicos Protestam À Porta dos Escritórios Spotify de Todo o Mundo

Músicos Protestam À Porta dos Escritórios Spotify de Todo o Mundo

Redacção
Heba Kadry

Sob a égide da nova campanha intitulada Justice at Spotify, grupo de músicos apela a mais transparência em torno das receitas de streaming e das práticas da empresa.

Ontem, 15 de Março, realizaram-se vários protestos à porta dos vários escritórios do Spotify em todo o mundo, numa luta dos músicos por uma maior transparência dentro do serviço de streaming e um movimento em direcção a um modelo de pagamento centrado no utilizador, o mesmo que o Soundcloud anunciou há duas semanas.

Os protestos foram organizados pelo The United Musicians and Allied Workers Union (UMAW), que iniciou uma nova campanha intitulada Justice at Spotify em Outubro passado, que, entre outros objectivos, exige que a plataforma aumente a sua royalty média de streaming de $.0038 USD para um cêntimo por streaming para todos os artistas.

Desde que a campanha foi lançada, ganhou mais de 28.000 assinaturas de artistas, incluindo Thurston Moore, King Gizzard and the Lizard Wizard, Frankie Cosmos, Deerhoof, Julianna Barwick, JD Samson, DIIV, Alex Somers, Zola Jesus, entre muitos outros.

Numa declaração sobre os protestos, Mary Regalado, organizadora da UMAW, afirmou: «O Spotify há muito que maltrata os trabalhadores da música, mas a pandemia pôs a exploração em franco alívio».

Mary Regalado, que também toca na banda punk Downtown Boys, acrescentou: «A empresa triplicou de valor durante a pandemia, ao mesmo tempo que não aumentou as suas taxas de pagamento aos artistas em nem que seja uma fracção de um cêntimo. Os músicos de todo o mundo estão desempregados neste momento, enquanto os gigantes da tecnologia que dominam a indústria recebem milhares de milhões. O trabalho musical é trabalho, e nós pedimos ser pagos de forma justa por esse trabalho».


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