Fotoreportagem NOS Alive 2023: O Orgulho Queer de Sam Smith

Num espetáculo repleto de emoção, Sam Smith deixou-se levar pelo seu genderqueerness e proporcionou-nos um espetáculo provocador onde as atenções estiveram divididas entre a sua voz angelical e os seus figurinos femininos espampanantes.

Para quem não é fã de Sam Smith, e foi ao Alive para ver, por exemplo, Queens Of The Stone Age, mas acabou por ficar para ver o concerto do britânico certamente que saiu de lá a coçar a cabeça e a refletir sobre o que é que tinha acabado de ver.

Smith há muito que deixou de lado a inocência de quando lançou “Stay With Me”, agora quer afirmar-se como um artista pop provocador e agitador de mentalidades.

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O espetáculo que o cantor pop apresentou não foi de todo minimalista e centrou-se essencialmente no shock value, seja lá o que isso for. Para alguns era como se o Trumps tivesse ido até ao Alive para apresentar um daqueles drag shows, só que aqui estamos a falar de um espetáculo para cerca de 45 000/50 000 pessoas. À semelhança de Lizzo, a mensagem é a mesma: vocês podem ser o que quiserem, gostarem de quem quiserem e orgulhem-se disso.

Com o seu mais recente “Gloria” na bagagem, Sam Smith fez desfilar não só êxitos como “Stay With Me”, “I’m Not The Only One”, “Lay Me Down”, “Gloria” ou “Unholy”, mas também todo um guarda-roupa de trajes femininos que deixaram muito pouco à imaginação de todos, nomeadamente quando Smith fez um striptease e acabou apenas com uma tanga e dois tapa mamilos, remetendo para o vídeo de “I’m Not Here To Make Friends”. 

Quanto à sua performance vocal, essa foi irrepreensível. Sem playback ou qualquer tipo de auto-tune conseguimos perceber no contexto ao vivo que Smith é um cantor exímio, com uma projeção vocal potente e dinâmicas bem articuladas que sustentam de forma consistente a voz de peito e o falsete.

Sam Smith também não “brincou” na escolha da banda que o acompanha, sendo, sem dúvida, um ponto a favor do concerto.

Vê em baixo a fotoreportagem.