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Os Soundgarden Souberam da Morte de Chris Cornell pelo Facebook

Os Soundgarden Souberam da Morte de Chris Cornell pelo Facebook

António Maurício

Novas informações revelam uma história mais complexa sobre a morte de Chris Cornell. Os problemas entre os membros da banda e Vicky Cornell, viúva do vocalista, intensificam-se.

Os membros de Soundgarden avançaram novas informações sobre 18 de Maio de 2017, dia no qual Chris Cornell se suicidou. De acordo com o actual processo jurídico com Vicky Cornell, viúva do vocalista, os membros sobreviventes da banda (Kim Thayil, Ben Shepherd e Matt Cameron) afirmam que o baterista descobriu a noticia sobre a morte de Chris Cornell no Facebook, tendo depois informado os restantes companheiros.

A descoberta aconteceu depois do concerto em Detroit, dia 17 de Maio de 2017, e a caminho da data que se seguia na digressão norte-americana dos Soundgarden nesse ano, no dia 19 de Maio, em Columbus, Ohio.

O comunicado oficial da banda diz: «Depois do concerto — como era habitual — Thayil, Cameron e Shepherd iniciaram a viagem noturna nos autocarros de digressão da banda em direcção à cidade do próximo concerto, neste caso, Columbus, Ohio, com concerto no dia 19 de Maio. Cornell ficou para trás, num hotel em Detroit, com o plano de apanhar um avião para Columbus. Uma prática habitual porque Cornell não conseguia dormir em autocarros. Quando os autocarros da banda estavam a caminho de Columbus na manhã de 18 de Maio, os membros da banda sobreviventes descobriram que Cornell foi encontrado morto no seu quarto de hotel em Detroit depois da meia-noite (tragicamente, Cameron viu primeiro uma publicação com “RIP: Chris Cornell” no seu feed de Facebook, depois ligou a Thayil, que estava no outro autocarro, que em seguida acordou Shepherd e, a banda em conjunto com a sua equipa, pesquisaram freneticamente nas noticias, redes sociais e ligaram a amigos e família, até receberem a terrível confirmação do seu manager de digressão).

Thayil, Cameron e Shepherd ficaram completamente arrasados por perderem o seu querido amigo, irmão e companheiro, entrando em estado de choque. Quando pararam os autocarros na berma da estrada, abraçaram-se entre si, com dificuldades em pensar no próximo passo. O manager de digressão aconselhou-os a não voltar para Detroit, porque a cidade provavelmente estava carregada de policias, jornalistas e outros meios de comunicação, e não conseguiriam alcançar nada positivo. Também tinham uma multidão altamente perturbada de membros da digressão e da equipa da banda a caminho ou já em Columbus que necessitavam de apoio. Por isso organizaram uma vigília numa sala de conferência no seu hotel em Columbus, onde foram acompanhados pela sua equipa, assistentes e amigos que se abraçaram, choraram e tentaram se consolar mutuamente durante horas.»

Este depoimento foi uma das provas apresentadas na disputa jurídica entre Vicky Cornell e os Soundgarden. A viúva do vocalista avançou com um processo contra o resto da banda em Dezembro de 2019, alegando que os membros de banda do seu marido estavam a reter centenas de milhares de dólares em royalties da sua família. Vicky Cornell exige os direitos para sete músicas não-editadas, afirmando que foram unicamente compostas pelo seu marido. Os membros de Soundgarden negam esta versão e afirmam que estavam a trabalhar nas músicas em conjunto.

A viúva do icónico músico tem-se dividido em várias disputas legais. Já em Junho do ano passado, antes do processo contra a banda, tinha avançado com uma acção legal contra Susan Silver, primeira esposa de Cornell.


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