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Pink Floyd, A Expansão de “A Momentary Lapse Of Reason” [Streaming]

Pink Floyd, A Expansão de “A Momentary Lapse Of Reason” [Streaming]

Redacção

A espetacular reedição “A Momentary Lapse Of Reason – Remixed & Updated”, dos Pink Floyd, surge a explorar misturas stereo, 5.1 e o inovador 360 Reality Audio.

Remisturado e actualizado, a partir dos masters originais de 1987, para o projecto “The Later Years”, por Andy Jackson e David Gilmour, com a colaboração de Damon Iddins, o álbum está agora disponível em vinil, CD, DVD, Blu-ray e digitalmente, em misturas stereo e 5.1. Além disso, pela primeira vez, o álbum é apresentado em 360 Reality Audio, uma nova experiência musical que replica a paisagem sonora omni-direcional das actuações ao vivo através das tecnologias 360 Spatial Sound da Sony. “A Momentary Lapse Of Reason” foi ainda lançado em Dolby Audio e UHD. Está disponível em edições limitadas deluxe de CD+DVD e CD+Blu-Ray e, também, nos formatos CD e duplo LP de 180g, cujo acetato foi cortado em 45 rpm para uma melhor qualidade sonora.

O lançamento do projecto “The Later Years”, em 2019, ofereceu a oportunidade para uma nova abordagem ao álbum “A Momentary Lapse Of Reason”, originalmente editado em 1987. Recuperando algumas gravações originais das teclas de Richard Wright e gravando novas versões de bateria com Nick Mason, os produtores David Gilmour e Bob Ezrin obtiveram um melhor equilíbrio criativo entre os três membros dos Pink Floyd. O 360 Reality Audio é uma nova experiência musical que usa as tecnologias 360 Spatial Sound da Sony. Os sons individuais, tais como as vozes dos cantores, os coros, o piano, a guitarra, o baixo e até o som do público num concerto podem ser colocados numa esfera de som de 360, oferecendo aos artistas e criadores uma nova forma de expressarem a sua criatividade. O ouvinte é envolvido por um campo sonoro exatamente como o pretendido pelos artistas e criadores. Os conteúdos musicais criados no formato 360 Reality Audio podem ser usufruídos através de serviços de streaming de música compatíveis.

Nas palavras de David Gilmour: «Alguns anos depois de gravarmos o álbum, chegámos à conclusão de que o devíamos atualizar para o tornarmos mais intemporal, com mais instrumentos tradicionais de que gostamos e que estamos mais habituados a tocar. Pensámos que o álbum beneficiaria com isto. E também procurámos e encontrámos algumas partes não usadas das teclas do Rick, que nos ajudaram a criar uma nova vibração e um novo sentimento para o álbum».

David reflecte também sobre a gravação original do álbum: «O Bob Ezrin tinha trabalhado connosco no “The Wall”, em 1979, e em alguns dos meus álbuns a solo. Aprendi muito com ele, é uma pessoa a ter na equipa. Começámos a trabalhar em algumas peças que eu tinha escrito e por altura do Natal estava tudo a correr bem. Um dia, senti uma “coisa” que se tornou Sorrow. Escrevi a letra numa noite. Saiu do nada, num daqueles grandes momentos inesperados que mais tarde reconhecemos como muito preciosos… Eu sabia que estávamos em alta e que a coisa ia funcionar.»

Já Nick Mason diz: «No início, pareceu-me um bocado estranho estar a refazer um disco passados uns 35 anos, mas o apetite do público para versões alternativas do mesmo trabalho aumentou imenso com o passar do tempo. Inevitavelmente, a oportunidade de revisitar trabalhos de um período anterior aquele em que a tecnologia digital era um “fantástico novo mundo” tornou-se cada vez mais interessante. Não há dúvidas sobre as vantagens de poder encontrar elementos novos na música ou, mais frequentemente, de descobrir elementos que foram esmagados por toda aquela ciência nova… Penso que existe um elemento positivo ao andar com o álbum para trás no tempo e aproveitar a oportunidade para criar um som ligeiramente mais aberto utilizando algumas das coisas que aprendemos ao tocarmos uma grande parte do álbum ao vivo durante duas digressões enormes. Gostei de voltar a gravar partes de bateria com tempo de estúdio ilimitado. Momentary Lapse foi originalmente gravada sob muita pressão e com um prazo muito apertado, e uma parte da mistura final foi feita ao mesmo tempo que decorriam os ensaios para a digressão. Também foi bom ter a oportunidade para realçar algum do trabalho do Rick. É possível que aquela vaga positiva de tecnologia tenha oferecido demasiadas oportunidades digitais para abafar o sentimento da banda. Esperemos que seja um dos benefícios desta remistura!»

Esta edição de “A Momentary Lapse Of Reason” apresenta uma nova capa produzida a partir de uma foto de Robert Dowling retirada da sessão fotográfica para a capa original dirigida pelo falecido Storm Thorgerson. O grafismo do álbum em 2021, inspirado no original, foi criado por Aubrey Powell/Hipgnosis e Peter Curzon/StormStudios.

Aubrey Powell explicou: «Eu queria atualizar a foto icónica com as quinhentas camas concebida pelo Storm Thorgerson, meu companheiro na Hipgnosis. Quando procurei no arquivo, descobri uma versão em que a maré estava a subir, pouco antes do Storm pôr fim à sessão com medo de perder aquelas camas todas. Mas eu também queria trabalhar mais o ultraleve. Não havia fotos do avião em grande plano, e eu procurei uma que fosse similar mas branca, e pedi ao Peter Curzon que retocasse a fuselagem com a cor certa – vermelho – e depois incluísse o ultraleve na imagem, em primeiro plano. O David Gilmour e o Nick Mason deram a sua aprovação e pronto, ficámos com uma nova abordagem a uma foto icónica original».