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R.I.P. Peter Brötzmann

R.I.P. Peter Brötzmann

Redacção
Inês Barrau

Peter Brötzmann, o influente saxofonista alemão, faleceu aos 82 anos.

Peter Brötzmann um dos pioneiros do free jazz e do avant-garde jazz faleceu aos 82 anos no dia 22 de Junho.

Saxofonista e clarinetista, Peter Brötzmann era um dos mais relevantes improvisadores da história do Jazz Europeu. A sua voz singular, marcada pela paixão e intensidade, era uma presença incontornável desde a década de 60. Desde então, exerceu enorme influência através de grupos como Die Like a Dog (com Toshinori Kondo, William Parker e Hamid Drake) e Last Exit (com Ronald Shannon Jackson, Sonny Sharrock e Bill Laswell) e os trios que manteve com Fred Van Hove e Han Bennink, e com William Parker e Hamid Drake. Também causaram impacto as suas formações alargadas, März Combo e Brötzmann Chicago Tentet. Os seus solos demonstram conhecimento profundo da tradição e sensibilidade à flor da pele.

John Coltrane tinha desaparecido havia pouco tempo, enquanto Cecil Taylor e Ornette Coleman estavam a dar forma ao jazz vindouro quando, em 1968, Peter Brötzmann comandou uma trupe de improvisadores nas sessões que originaram o icónico álbum “Machine Gun”. A música explosiva gerada em torno do saxofonista alemão abriria um novo e fundamental capítulo na genealogia do jazz, em particular naquele que se desenvolvia no continente europeu e que era alimentado por fortes referências à música erudita contemporânea.

Em Portugal vimos Brötzmann por diversas vezes ao vivo, principalmente o seu free jazz em conjunto com os portugueses Black Bombaim, que deu origem em 2016 a um álbum.