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David Bowie “Brilliant Adventure (1992 – 2001)” e “Toy” Finalmente Editados [Streaming]

David Bowie “Brilliant Adventure (1992 – 2001)” e “Toy” Finalmente Editados [Streaming]

Redacção

São muitas e boas as novidades para os fãs de David Bowie. Já chegou “David Bowie 5. Brilliant Adventure (1992 – 2001)”, a quinta de uma série de caixas que cobrem a carreira do “camaleão” desde 1969 e “Toy”, o disco que Bowie gravou depois do concerto em Glastonbury, em 2000, mas que nunca foi editado.

A Parlophone Records e a ISO Records anunciaram o lançamento de dois marcos na carreira discográfica de David Bowie: 26 de Novembro de 2021 verá o lançamento de “David Bowie 5. Brilliant Adventure (1992 – 2001)”, a quinta de uma série de caixas que cobrem a carreira de Bowie desde 1969, e 7 de Janeiro de 2022, a véspera do seu aniversário, verá o lançamento de “Toy (Toy: Box)”, que disponibilizará o lendário álbum inédito em versões 3 CDs ou 6 vinis de 10”.

“David Bowie 5. Brilliant Adventure (1992 – 2001)”, o mais recente volume de uma série galardoada e aclamada pela crítica e que inclui “David Bowie 1. Five Years (1969 – 1973)”, “David Bowie 2. Who Can I Be Now? (1974 – 1976)”, “David Bowie 3. A New Career In A New Town (1977 – 1982)” e “David Bowie 4. Loving The Alien (1983 – 1988)”, será disponibilizada em versões físicas com 11 CDs ou 18 LPs e em todas as plataformas digitais de streaming e download.

As caixas incluem versões recentemente remasterizadas – com a colaboração dos produtores e músicos originais – de algum do material mais subvalorizado e experimental de Bowie: “Black Tie White Noise”, “The Buddha Of Suburbia” (disponível em vinil pela primeira vez em quase 30 anos), “1.Outside”, “Earthling” e “Hours…”, juntamente com uma versão expandida do álbum ao vivo “BBC Radio Theatre, London, June 27, 2000”, uma compilação intitulada “Re:Call 5”, que junta lados B, versões alternativas não incluídos em álbuns e bandas sonoras e, ainda, o lendário álbum “Toy”, aqui editado pela primeira vez.

“Toy” foi gravado depois da actuação de David Bowie em Glastonbury, em 2000. Bowie entrou em estúdio com a sua banda – Mark Plati, Sterling Campbell, Gail Ann Dorsey, Earl Slick, Mike Garson, Holly Palmer e Emm Gryner – para gravar novas versões de canções que ele próprio tinha gravado em 1964-1971.

O plano de Bowie era de gravar o álbum “à antiga” com a banda a tocar ao vivo, escolher as melhores versões e lançar o álbum o mais rapidamente possível. Foi um plano notavelmente avançado para a época, mas, infelizmente, em 2001, o conceito de “álbum surpresa” e a respectiva tecnologia ainda não existiam, o que impossibilitou o lançamento de “Toy”, como o álbum agora era chamado, para os fãs tão instantaneamente quanto Bowie queria.

Por conseguinte, Bowie fez o que fazia melhor: lançou-se noutro projecto, que começou com algumas das canções novas gravadas nas sessões de “Toy” e se cristalizou no álbum “Heathen”, que foi lançado em 2002 e é considerado um dos seus melhores discos.

Momento de Alegria, Foco e Energia

Agora, 20 anos depois da data planeada para o lançamento, o co-produtor de Bowie, Mark Plati, diz: «“Toy” é como um momento capturado em alegria, fogo e energia. É o som de pessoas felizes por estarem a tocar. David revisitou e reexaminou os seus trabalhos de há décadas através de prismas de experiência e de novas perspectivas – um paralelo do qual me apercebi ao revisitá-los agora, 20 anos depois. De vez em quando, ele dizia-me, “Mark, este é o nosso álbum” – acho que ele sabia que eu estava tão envolvido naquela viagem como ele. Fico feliz por poder dizer que agora é o álbum de todos nós».

“Toy (Toy:Box)”, disponível nos formatos 3CDs ou 6 vinis de 10”, é uma edição especial do álbum “Toy”. A abordagem de captar o momento das sessões de gravação estende-se ao desenho da capa, concebido por Bowie, com uma foto dele em bebé, mas com um rosto contemporâneo. O conjunto inclui ainda um livro de 16 páginas a cores com fotos inéditas da autoria de Frank Ockenfels 3.

As primeiras sementes de “Toy” foram plantadas em 1999, durante a produção de um episódio de VH-1 Storytellers. David queria interpretar algo da sua discografia anterior a “Space Oddity”. Voltou então a 1966 e tirou o pó ao tema “Can’t Help Thinking About Me”, a primeira vez em 30 anos. A música permaneceu no setlist do concerto da curta tour promocional do álbum “Hours…” com tão bons resultados que no início de 2000 Bowie e o produtor Mark Plati elaboraram uma lista de algumas das primeiras canções de Bowie para serem regravadas.

“Toy” termina com uma nova canção que dá o nome ao álbum, “Toy (Your Turn To Drive)”, construída a partir de uma jam gravada no fim de um dos registos ao vivo de “I Dig Everything”. O tema é baseado em secções, com novos arranjos, da bateria de Sterling Campbell e do baixo de Gail Ann Dorsey, e secções do piano de Mike Garson que foram repetidas e sobrepostas a uma linha de guitarra de Earl Slick que, por sua vez, foi samplada, esticada no tempo e usada como uma harmonia repetitiva.

Algumas das partes cantadas por Holly e Emm em “Dig Everything” foram cortadas e remisturadas. Segundo o produtor Mark Plati, «Como este tema foi tirado de “I Dig Everything”, faz sentido terminar o álbum com esta faixa – é, também, um Post scriptum adequado para a era de “Toy”»

“Toy:Box” inclui um segundo CD ou conjunto de 10”s com misturas e versões alternativas, entre as quais lados B (versões do single de estreia de Bowie, “Liza Jane” e “In The Heat Of The Morning”, de 1967), misturas posteriores de Tony Visconti e a “Tibet Version” de “Silly Boy Blue”, gravada no The Looking Glass Studio na altura do concerto na Tibet House, em Nova Iorque, em 2001, com Philip Glass ao piano e Moby na guitarra. O terceiro CD ou conjunto de 10”s inclui misturas “Unplugged & Somewhat Slightly Electric” de 13 faixas de “Toy”.

“Brilliant Adventure (1992 – 2001)” apresenta em exclusivo o álbum ao vivo “BBC Radio Theatre, London, June 27, 2000” e a compilação “Re:Call 5”. O primeiro foi gravado dois dias depois do célebre concerto em Glastonbury, perante 500 fãs sortudos, no teatro da BBC, em Londres. Algumas partes do concerto constituíram o terceiro CD de uma edição muito limitada em 3 CDs intitulada “Bowie At The Beeb”, lançada em Setembro de 2000, mas o concerto completo é agora editado pela primeira vez em vinil.

“Re:Call 5” inclui 39 versões alternativas e lados B não incluídas em álbuns e bandas sonoras em 3 CDs e 4 LPs. “BBC Radio Theatre, London, June 27, 2000” e “Re:Call 5” são edições só possíveis de encontrar nesta caixa.

O livro que acompanha a caixa, de 84 páginas no formato LP e 128 páginas no formato CD, contém fotos raras e inéditas da autoria de Frank W. Ockenfels 3, Nick Knight, John Scarisbrick, Nina Schultz Terner e outros fotógrafos, bem como memorabilia, notas técnicas sobre os álbuns redigidas pelos produtores/engenheiros de som Brian Eno, Nile Rodgers, Reeves Gabrels e Mark Plati, e uma nova entrevista a Erdal Kizilçay, colaborador de “The Buddha Of Suburbia”.

A caixa de 11 CDs inclui versões fielmente reproduzidas em mini-vinil dos álbuns originais (quando aplicável) e os CDs são dourados em vez de terem a tradicional cor prateada. A caixa de 18 LPs tem o mesmo conteúdo que a caixa CD, em vinil de 180 g.

Podes em streaming a boxset “Brilliant Adventure (1992 – 2001)”.