Para Zakk Wylde, a básica e fiável pentatónica é a melhor de todas as escalas. No entanto, o guitarrista defende a importância dos estudos, da teoria musical e conhecimento das outras escalas. «É como o Batman, não usa tudo o que tem no cinto, mas se precisar, está lá».
Não há escala mais adorada e quiçá mais utilizada pelos guitarristas que a pentatónica. É fácil de aprender, é usada em centenas de clássicos de rock ou, no mínimo, adapta-se facilmente em várias malhas, devido à sua abrangência harmónica, fruto da sua simplicidade.
Também por essa característica pode ser inimiga do estudo. Por ser rapidamente gratificante, pode minar os esforços de aumentar o conhecimento e o treino de outras escalas, de as decorar e percorrer no braço do instrumento. E nem vamos falar em modos, para ninguém ficar deprimido.
Aliás, este artigo pretende exaltar que até um dos maiores guitar heroes de todos os tempos, o senhor Zakk Wylde, é um enorme fã da pentatónica, um defensor do básico que, muito recentemente, professou a sua admiração pela escala de cinco notas e revelou que passa a maior parte do seu tempo a circum-navegá-la.
Numa aparição no podcast The Guitar Villains, apresentado por Tyler Larson, e traduzindo a transcrição da Ultimate Guitar, Wylde detalhou a sua abordagem ao tocar e a sua teoria.
Quando interrogado sobre a única coisa que desejava que lhe perguntassem, Wylde revelou que a pergunta ideal seria: «’Zakk, tocas outra coisa além de escalas pentatónicas?’». A resposta seria categórica: «Não! Porquê? São as mais líricas, por isso fiquem apenas com a pentatónica!»
No entanto, Wylde sublinhou a importância da teoria musical. «A teoria é espectacular, compreender o fretboard e ter o conhecimento. A teoria da música – é espantosa. Devem aprender as escalas. Nunca será negativo. Só pode ajudar, saber mais. Ter mais lápis de cera na tua caixa e penser que poderás precisar de todos eles. Não que vás precisar de usar a escala menor harmónica, a diminuta ou algo parecido com essas escalas, mas conhecendo-as, caso as queiras usar, podes fazê-lo. É como o Batman; não é que tenha de usar tudo o que está no seu cinto, mas se precisar, está lá».
Podem ver o podcast no player em baixo, uma conversa onde Zakk defende que os guitarristas são como as pizzas, não há isso de melhor guitarrista, mas o nosso guitarrista favorito…