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As 10 melhores versões de música cinematográfica

As 10 melhores versões de música cinematográfica

Nero

Os músicos desconhecidos que povoam o YouTube com criatividade, grande capacidade musical e um não menor nível de geekness!

Dizem que os filmes de sci-fi ou fantasia são feitos para fazer dinheiro em quantidades pornográficas e criar linhas de infinita exploração de collectibles – não é verdade George Lucas? Contudo, há uma coisa em que na maior parte das vezes sobressaem de qualquer outro esforço da 7ª Arte, nas épicas criações musicais que os acompanham. O próprio Anthony Daniels [o actor que está por baixo do revestimento dourado de C-3PO] confessou à Arte Sonora em entrevista passada: “sem a música de John Williams, os filmes não seriam metade daquilo que são”.

Há muita gente no mundo para quem a lista dos 10 melhores filmes de sempre é fácil de fazer: 6 Star Wars e 4 Indiana Jones! Se essa opinião é discutível, o talento dessa gente é outra história completamente diferente.

HOWARD SHORE – THE RIDERS OF ROHAN [THE TWO TOWERS] Howard Shore usou uma rabeca para acrescentar profundidade ao folclore de Rohan, os senhores dos cavalos da Terra Média que não são essencialmente vikings sem mar. Esta versão de um dos excertos da suite em guitarra-harpa não é a mais desenvolvida na execução técnica, mas o gosto e subtileza do arranjo com o e-bow como introdução à melodia simples, mas emocionalmente arrasadora, é um extra de bom gosto.

 

HOWARD SHORE – CONCERNING HOBBITS [THE FELLOWSHIP OF THE RING] Do Shire podemos esperar sempre grandes coisas. Este arranjo em guitarra clássica é simplesmente sumptuoso, excelente dinâmica e um extraordinário ajustamento harmónico e sinfónico que não faz pensar na orquestra que se ouve no filme.

 

JOHN WILLIAMS – CANTINA BAND [STAR WARS: A NEW HOPE] “Mos Eisley Spaceport. You will never find a more wretched hive of scum and villainy. We must be cautious.“Um dos instrumentos mais “peculiares” do nosso planeta encaixa-se perfeitamente na excentricidade da peça que John Williams imaginou para a banda cool-funky-jazz de aliens que actua na Cantina a puxar a taverna no porto de Mos Eisley. Grande execução e excelentes arranjos que vos farão distrair dos androides que procuram!

 

JOHN WILLIAMS – INDIANA JONES Numa guitarra de plástico que parece saída dum relicário e com uma boa dose de processamento – no fundo como os filmes de Indy, que misturam a arqueologia e os mitos ancestrais da humanidade com consideráveis doses de efeitos especiais. Um arranjo carregado de dinâmica e com muito flow. Não é só a Hustler que nos faz ter vontade de pegar num chicote!

 

RAMIN DJAWADI – GAME OF THRONES Dragões, batalhas brutais, princesas e intrigas de corte. Estes são elementos que povoam qualquer banda de power metal que se preze e por isso foi só juntar 2+2 à épica peça de abertura de Ramin Djawadi para a adaptação televisiva das Crónicas do Gelo e Fogo. Os arranjos são simples, essencialmente feitos para acrescentar peso à peça original, mas esse é o charme desta versão.

 

ALAN SILVESTRI – BACK TO THE FUTURE Um Bounty Hunter irá até Bespin para vos caçar, mas para pagar a renda em tempos de crise pode muito bem mostrar os seus talentos num acordeão nas ruas de NY. Todos sabemos que Boba Fett é um mercenário lendário e de recursos infindáveis, o que demonstra com a versão de Alan Silvestri para a série Back to the Future. Claro, que também é capaz de entoar o hino da maior galactic soap opera da história do universo.

 

KLAUS BADELT – HE’S A PIRATE [PIRATES OF THE CARIBBEAN: CURSE OF THE BLACK PEARL] Filmes como “O Piano” ou o “Pianista” são um desperdício de horas sem ver um lightsaber, o Millenium Falcon ou um vilão com cabeça de polvo. Quem ama a riqueza harmónica dum grande piano já não necessita de de vestir um fraque e ir à Casa da Música ou ao CCB, pode fazê-lo num ambiente de taverna na altura em que os bucaneiros andavam livres nos mares das Caraíbas.

 

BASIL POLEDOURIS – ORGY [CONAN THE BARBARIAN] Bom arranjo para uma das melhores composições de Basil Poledouris, num andamento que faz pensar nas composições de Maurice Ravel. Um dos filmes de sword & sorcery feito com o orçamento mais baixo de sempre e, no entanto, um dos melhores. Esta versão faz-lhe justiça e prova que, pensando no horror azeiteiro da nova versão cinematográfica, não é necessário uma grande produção, basta talento.

 

THE NATIONAL – THE RAINS OF CASTAMERE [GAME OF THRONES] Os The National imortalizaram a canção dos Lannister, um tema tão simples quanto bonito. Tal como os arranjos nesta versão para guitarra, o tapping a meio da peça permite evitar algum eventual sentimento de monotonia. Para simplificar a execução o autor tem uma afinação em drop D.

 

YANN TIERSEN – AMELIE O requinte de Yann Tiersen na fantasia urbana que retrata a vida da francesa Amelie numa versão em guitarra clássica. Não é um take directo, mas é simplesmente fascinante.