ENTREVISTA | R.A.M.P.: «Ponderámos a Continuidade da Banda» [Vídeo]
Os R.A.M.P. estão de volta com “Insidiously”, um disco que chega 13 após “Visions” e que quase custou o fim da banda. O vocalista Rui Duarte abre o jogo em entrevista à Arte Sonora.
Filhos da Margem Sul do rio Tejo, onde nasceram no longínquo ano de 1989, contam nove discos editados, um dos quais ao vivo e outro um Best Of para celebrar os 25 anos de carreira.
Pelo meio, foram a primeira banda de metal a atingir o top de vendas em Portugal, com o segundo álbum “Intersection”, de 1995, e pelo caminho já partilharam o palco com nomes tão ilustres como Sepultura, Metallica, Iron Maiden, Kreator ou Slayer.
13 anos depois do último álbum de estúdio, “Visions”, eles estão de regresso em 2022 com “Insidiously”, um disco com carimbo da Rastilho Records e que teve o processo de concepção mais violento até hoje, com os seus elementos envolvidos em permanentes crises pessoais, mudanças de line up e em que tudo pareceu ser uma verdadeira prova de superação.
Percebemos quem são os amigos e quem são as moscas que gostam de andar a pairar quando as coisas têm um cheiro específico
33 anos depois do primeiro ensaio, os R.A.M.P., uma das bandas seminais do heavy metal nacional, estão de volta e cheios de vontade. Andam na estrada a promover “Insidiously”, mas tiraram um tempinho para nos contar tudo sobre este regresso aos sons mais pesados.
Em entrevista à Arte Sonora, o vocalista e líder carismático Rui Duarte fala sobre o (complicado) passado mais recente da banda. Sem assombros, nem rodeios. Apesar de reconhecer algumas dificuldades que levaram a banda a quase separar-se, garante que a volta está dada e o futuro é para ser conquistado.
«Se ao longo destes anos aprendemos o verdadeiro sentido da palavra amizade, este foi, sem dúvida, um dos seus derradeiros testes. Mais do que um álbum, “Insidiously” tornou-se numa prova de vida e de experiências. Uma luta que se foi desenrolando e evoluindo dentro de nós, contra nós e contra tudo o que passava à nossa volta. Certas pessoas fizeram-nos deixar de acreditar, outras pelo contrário, fizeram-nos acreditar, demonstrando os verdadeiros valores que nos devem mover. Estamos gratos, muito gratos. Gratos por termos pessoas que gostam de nós, gratos pelo nosso árduo trabalho, gratos por este disco. O nosso maior desejo é que este seja dissecado como um todo, um todo que representa o mais recente episódio da existência dos R.A.M.P.».
Mas o universo dos R.A.M.P. não é feito apenas de dúvidas existenciais. Rui Duarte assume o lado geek da dupla criativa da banda, lado esse que se revelou bastante útil na produção deste “Insidiously”, totalmente manipulado pelo duo dinâmico composto por ele próprio e o guitarrista Ricardo Mendonça.
Tudo isto e muito mais nesta entrevista a Rui Duarte, que está dividida em duas partes. Uma primeira mais dedicada ao que já foi e outra ao que está por vir. Dispara o play.