Josh Dion, Groove Keeper
O virtuoso baterista e multi-instrumentista nova-iorquino passou por Portugal, numa iniciativa Yamaha Music Portugal, e conversou com a AS sobre o seu som.
Foi no underground nova-iorquino que, por volta de 2004, o autóctone Josh Dion começou a dar nas vistas. Nascido no final da era Motown, cresceu entre batidas “four on the floor” e os sons áureos do rock clássico – do quarto do irmão mais velho exsudava o vapor místico de bandas como Grateful Dead, Cream ou Led Zeppelin. Sendo um talento precoce, o play along cedo se tornou inócuo para a sua aprendizagem e aos 12 anos de idade entrou no programa Uconn Jazz Studies. Seguiu-se o programa musical na William Paterson University e, no final, quando o saudoso Chuck Loeb o convidou para tocar consigo, mudou-se para a Big Apple.
Hoje em dia a sua banda é Paris Monster, mas quando se mudou para a grande metrópole passou a desenvolver vários projectos em nome próprio, como a Josh Dion Band, e o seu som individual, tocando com vários outros músicos: «O sentimento entre dois humanos é lindo. Estar junto, é muito melhor que estar correcto». A forma como cruza filosofia de vida e bateria é um reflexo do quão cedo começou a tocar o instrumento: «Ao crescer, sempre tomei a bateria como garantida e a bateria foi sempre o mais importante para mim, mas era tão novo que creio que nem sabia porquê. É como viver. Tive muita sorte nesse aspecto. O meu pai é baterista e cresci rodeado por baterias e sem qualquer pressão para ser muito bom ou algo assim. Apenas tocar».
Se és baterista, o ritmo é a coisa mais valiosa que possuis
A Yamaha Drums trouxe-o a Portugal, à Music Factory, para uma workshop, onde deslumbrou no cruzamento de execução entre sintetizador, voz e bateria e passou algumas das ideias fortes que o pautam na desenvoltura do seu estilo sentado num kit. «O groove é algo que deves proteger. Descobres o que te faz sentir bem. Depois começas a tocar e o teu trabalho é sentir», referiu durante a sessão. Umas horas antes conversou com a AS. Disparem a entrevista no player.