Randy Rhoads, RIP
Foi a 19 de Março de 1982 que o Príncipe da guitarra eléctrica deixou o mundo em choque. Um acidente “idiota” silenciou a tempestade sónica – Randy William Rhoads.
Depois de um concerto no dia 18 de Março em Knoxville, Tennessee, inserido na digressão de “Diary Of A Madman”, Ozzy Osbourne, Tommy Aldrige, Rudy Sarzo, Don Airey e Randy Rhoads viajaram para Orlando, na Florida. Depois de uma longa noite no tour bus, a comitiva parou num aeródromo onde o condutor da banda convenceu Airey a fazer um pequeno voo consigo (era possuidor de brevet).
Após a aterragem convenceu a cabeleireira da digressão a voar consigo e também conseguiu meter Randy no avião, apesar do medo que o guitarrista possuía de voar. O piloto, como divertimento, procurou fazer razias ao tour bus para acordar os restantes elementos da banda, numa dessas razias a asa esquerda do avião chocou com o autocarro, acabando por se despenhar numa garagem na vizinhança…
A morte súbita de Randy Rhoads, com apenas 25 anos de idade, não privou apenas Ozzy Osbourne daquele que é por muitos considerado o melhor guitarrista com que tocou ao longo da sua carreira, mas também dum dos mais inovadores nomes da história da guitarra eléctrica – e um dos principais responsáveis pela fusão do mundo electrificado do blues que pontificava no universo do rock com o mundo da música clássica, com as progressões melódicas da guitarra clássica.
Rhandy Roads iniciou a revolução neoclássica no heavy metal, e tudo isto com uma carreira tão curta!
Nunca dado a demonstrações de ego, Randy usava um rig simples onde se destaca o Roland RE-201 Space Echo e um Korg Echo, além de overdrive, EQ, flanger e chorus da MXR. A amplificação é o famoso Marshall 1959 SLP. Tornou ainda famosos modelos de guitarras como a Les Paul Custom de 1974; a Karl Sandoval Flying V (com as bolinhas) e claro, as Jackson com os modelos Black Rhoads de ponte fixa e a White Concorde.
Os seus modelos de instrumentos e o seu amplificador têm sido alvo de reissues ao longo dos anos e de edições comemorativas, como tributo ao seu talento e à força do som de um puto simples que, sob os holofotes, se transformava num dos mais colossais Deuses do Rock.