Duas cabeças n’Um Corpo Estranho
Entrevista com João Mota e Pedro Franco, tutores de Um Corpo Estranho.
De Não Ter Tempo é a estreia em registo longa-duração dos Um Corpo Estranho. Depois de um EP homónimo, João Mota e Pedro Franco, os membros que compõem este corpo estranho, aventuram-se num álbum completo, impregnado de blues e de um certo empreendimento pop, mas com uma “portuguesidade” latente, atestada ainda pela participação do acordeão de Celina da Piedade e da versão “Vem (Além de Toda a Solidão)”, que Pedro Ayres Magalhães compôs para os Madredeus.
É néscio julgar um livro pela capa, mas o cuidado artístico despendido no artwork e nas ilustrações expostas no concerto de apresentação do disco, na Fábrica de Braço de Prata, abrem as portas ao interesse, e a curiosidade em relação ao conteúdo adensa-se. Sob o signo dessa mesma curiosidade, pusemos os dois mentores do projecto a falar sobre o processo de criação do disco e sob as suas próprias perspectivas acerca dele.