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FENDER EC TREMOLUX

FENDER EC TREMOLUX

Nero

Um dos grandes lançamentos da Fender, da década, é a série de amplificadores com a assinatura de Eric Clapton. São três modelos: o Vibro-Champ, o Twinolux e o Tremolux. A AS teve a oportunidade de rodar este último no Showroom Fender, em Madrid.

O EC Tremolux é baseado no vintage ’57 Deluxe, e está à altura tanto da tradição desse amp clássico como do guitarrista que supervisionou agora o desenvolvimento. Com o circuito completamente hand-wired, o Tremolux tem dois modos de input [High e Low Gain], suportados por três válvulas 12AX7A na secção de preamp e duas 6V6 no power; os potenciómetros revelam simplicidade, apenas Speed [para controlar o Tremolo], Tone [que abre ou fecha os espectros de equalização] e Volume. Com 12 watts de potência, o combo é completado por uma coluna 65 Watt Celestion Heritage G12-65 a 8 ohm, de 12 polegadas.

fender ec tremolux up

SOM & PERFORMANCE

Tal como o amplificador clássico no qual é baseado, este Tremolux é irresistível no calor do seu som e na riqueza harmónica que possui. É certo que é um amplificador com demasiada personalidade para poder responder a sonoridades mais extremas, mas para um timbre clássico de blues e jazz sentimo-nos perante um dos melhores amplificadores que já pudemos experimentar. Ainda que não tenha reverb, a sua sonoridade e sustain naturais permitem uma coloração tremenda no seu timbre, isto além do preenchimento que o Tremolo nos permite – com uma resposta tremenda e viciante, mesmo em excesso de Speed não descaracteriza o som.

O controlo de Tone faz-nos ainda viajar entre um som fechado clássico bem “oldie”, passando pelo equilíbrio que sentimos no próprio som de Eric Clapton (capaz de progredir pelos os seus estágios de carreira, ou mais sujo à Yardbirds ou Blind Faith, passando pelo brilho pop que tinha na transição dos anos 80 para os 90, até ao som clássico que tem hoje em dia), até um som mais aberto, ideal no caso de estarmos a usar uma Telecaster. Naturalmente que, não tendo EQ, antes podendo variar entre os estágios de Tone, falta versatilidade a este amplificador. Ainda que os vários estágios de tonalidade consigam cobrir uma palete interessante já de si. E se a pureza do som permita trabalhar bem com efeitos, não deixa de ser uma pena a ausência de FX Loop – afinal o som “limpo” do amp parece ter corpo e presença para permitir uma moldagem tonal além da sua personalidade. Mas, claro, este é um amp de assinatura…

fender ec tremolux front

Outra característica espantosa é a resposta das válvulas ao controlo de Volume [de 1 a 12, em consonância com os 12 watts das válvulas], que nos fazem passar de um Clean a um Crunch, sempre com muito calor e muito brilho. E aqui não vale a pena economizar: se escolherem este amplificador para o ter apenas no estágio 2 ou 3 de volume estarão a desperdiçar uma autêntica máquina de meltdown!