Finalmente, Eis o Ableton Live 11

12 Novembro, 2020

Como esperado, há uma mistura de novas funções, novos dispositivos e actualização ao design no Ableton Live 11, que pretendem melhorar a famosa DAW.

Sem perder tempo, olhamos o que há novo. Entre as novidades principais, vale a pena começar pelo Comping: Live, agora capaz de múltiplos passos de uma execução áudio ou MIDI em takes individuais. Depois podem misturar-se os melhores elementos destes takes para obter o melhor resultado possível. Para auxiliar este processo temos a edição Linked-track, que permite ligar duas ou mais pistas e editar o seu conteúdo simultaneamente.

Passa a existir também uma função já presente em outras DAWs, a compatibilidade MIDI Polyphonic Expression. O Expression View deixa ajustar o pitch, slide e pressure envelopes numa metodologia nota-por-nota. Já o Wavetable, Sampler e Arpeggiator foram actualizados para compatibilidade MPE.

Mas há mais dispositivos, como o Hybrid Reverb, que oferece opções algorítmicas ou convolotivas; o Spectral Resonator, que opera ao dividir o áudio em parciais e depois esticando, alterando ou desfocando o resultado através de uma frequência ou nota; o Spectral Time, por sua vez, pega nesses parciais e envia-os para um delay baseado em frequências.

Ainda dentro do trabalho criativo, há a colecção Inspired by Nature de seis instrumentos e efeitos que se, bom, inspiram na física e na natureza, criados em colaboração com Dillon Bastan. Também há estreia do PitchLoop89, criado com Robert Henke. A Voice Box dá-nos efeitos e samples vocais. A Mood Reel e Drone Lab dão soluções sónicas de textura. Além disso há sons específicos como uma nova colecção de gravação de proximidade a pianos verticais ou os Brass e String Quartets, tudo criado em colaboração com a Spitfire Audio.

Naturalmente (pun intended) o Live 11 não é apenas uma DAW, sendo também bastante usado em palco. por isso, a Ableton acrescentou várias funções que visam facilitar o seu uso em concerto. Em destaque temos a função Live Tempo Following. Vamos lá ver, se a teoria se confirmar é algo extraordinário. Supostamente, o Live 11 consegue “ouvir” o áudio de outros músicos e ajustar o tempo de execução de acordo com essa informação. Dessa forma, o Live 11 irá ter uma actuação mais orgânica com os músicos e soará menos maquinal.

Nessa busca para humanizar a sua execução, há novas funções que procuram simular o acaso. Podem definir-se coisas como a probabilidade de uma batida de bateria acertar em cheio ou falhar o trigger, gerar padrões ritmos com variações ou flutuações ao longo do tempo. E também podem ser definidos acasos de velocidade, através de cálculos de probabilidade que irão oferecer flutuações dinâmicas subtis.

Foram melhorados vários dispositivos já existentes no Live e a sua biblioteca central também foi alvo de expansão e actualização. A edição de clips ou a medição CPU também foram melhorados e agora é possível ver escalas no editor MIDI.

O Ableton Live 11 chegará no dia 23 de Fevereiro de 2021. O Live Suite (€599) incluirá todas as novidades, o Live Standard (€349) e o Live Intro (€79) incluirão progressivamente menos, espelhando o preço.  os utilizadores do Live deverão receber as opções de upgrade e os respectivos preços em breve (ou já terão mesmo recebido). Mais detalhes na Ableton.

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