Korg, Os 10 Anos do KRONOS e a Edição Limitada Titanium
Para celebrar uma década da sua introdução, recordamos de forma sucinta a história do KRONOS e a edição especial que a Korg criou da sua poderosa workstation.
Em 1995 a Korg estreou as workstations Trinity DRS, nome extraído ao seu sistema modular de gravação digital. O Trinity surgia com um inovador touchscreen e controlos revolucionários para a experiência de utilizador. Foi o primeiro passo para o monstruoso TRITON. O Trinity incluía uma expansion board do Prophecy, com modelação de som DSP, o sistema de memória [8Mb] PBS-Tri que permitia carregar sons dos formatos das bibliotecas Korg e Akai, gravação de 4 canais em disquete pelo sistema HDR-Tri, interfaces SCSI e S/PDIF e um I/O Alesis.
Em 1999 surgiu então o TRITON, que estabeleceu uma nova era no universo das workstations e sampling. Para começar o novo sistema de sintetização, o HI (Hyper-Integrated), e sampling em mono ou stereo, depois um novíssimo sequenciador oferecia mais ferramentas e poder de edição com óptimos efeitos sonoros e arpeggiators polifónicos duais. O TRITON reinou durante toda a década passada, através dos modelos Le (a versão mais económica) e, essencialmente, o STUDIO (capaz de gravar áudio em CD, um rapidíssimo CPU e o interface TouchView melhorado, uma sólida hard drive interna e uma majestosa polifonia de 120-notas).
O TRITON STUDIO era uma autêntica “Death Star”, a pérola de destruição do Império Galáctico sob o punho dos Sith. Ainda assim, a Korg decidiu aumentar o seu poder através do modelo EXTREME, que apresentava uma secção de efeitos trabalhados num sistema de vácuo valvulado e a maior (à data) colecção de sons on-board entre todas as workstations da marca. Em 2006 surgiria o último modelo TRITON, o TR, que saiu de produção em 2008.
Em 2001 foi lançado o Karma Music Workstation. Os mecanismos de sintetização e efeitos eram partilhados com o TRITON, mas em destaque estava a tecnologia de Stephen Kain – KARMA™ ou Kay Algorithmic Realtime Music Architecture – capaz de gerar instantaneamente mudanças complexas a nível harmónico e tímbrico devido ao seu evoluído mecanismo de algoritmos. O louvor recebido por esta workstation foi tremendo, tal como sucedeu, dez anos depois, com o KRONOS que ao mecanismo algorítmico do KARMA juntou um gigantesco poder de processamento dos 9 motores de sintetização, capacidades avançadas de sequenciação áudio e MIDI. Seria, aliás, o KRONOS a destronar o TRITON.
Portanto, em 2011, o KRONOS foi a bomba na Winter NAMM desse ano, a grande novidade da Korg na feira. Uma workstation que integra e harmoniza a interacção de nove modelos de sintetização da marca ou o funcionamento de cada um individualmente, tudo isto com um gigantesco banco de sons, um reforço polifónico, através dos sistemas de Dynamic Voice Allocation e Virtual Memory, com um SSD rápido, que por sua vez permite também o uso de samples bastante longos, se ter de os construir, necessariamente em loop. Um enorme banco de backing tracks, que podem também personalizadas ou construídas de raiz pelo utilizador através do aclamado sistema de construção algorítmica em tempo real.
No mundo em constante e aceleradíssima expansão e evolução da sintetização digital, o KRONOS tornou-se uma peça vintage e é agora menos relevante, mas na época, esta autêntica Death Star da sintetização, tornou-se logo num favorito de músicos, tão ilustrativos quanto determinantes nos seus géneros musicais, como Herbie Hancock ou Jordan Rudess.
Para celebrar uma década da sua introdução, recordamos a edição especial que a Korg criou da poderosa workstation. O KRONOS Titanium apresenta um painel frontal em titânio, com acabamento em brushed metal, e está disponível em dois modelos: 61 teclas ou 88 teclas. Mais detalhes na Korg.