TC Electronic, Dark Matter
O TC Electronic Dark Matter é um pedal que faz justiça ao hype que conseguiu gerar. A riqueza harmónica e amplitude de acção do EQ são os destaques.
Um dos “Santo Graais” da guitarra eléctrica são os pedais de distorção. A TC Electronic possui um, o Dark Matter, que tem sido louvado por meio mundo pela sua versatilidade e riqueza harmónica, fruto da boa acção dos seus EQs. Mas possui outro modelo que foi feito a pensar em níveis de distorção próximos da demência: o único propósito do Röttweiler é a fúria!
Era difícil este robusto pedal ser mais simples. 4 controlos, Gain, Level (o nível de efeito no sinal) e os EQs (Bass e Treble). Switch de Voice. O footswitch on/off em True Bypass separa-nos de um sinal imaculado e de um furacão de distorção. Funciona com transformador ou pilha, e o acesso ao compartimento da pilha não possui parafusinhos mariquinhas que se vão partir ou perder quando precisarem de abrir o pedal.
SOM & PERFORMANCE
O Dark Matter é de elevada estirpe. É fácil perceber o hype com este pedal. Enquanto o Röttweiler (que testámos na mesma altura) possui um Gain que não oferece grandes hipóteses de modelação, o Dark Matter está desenhado para responder a mais necessidades e range dos controlos é mais amplo – conseguem ir buscar desde um fuzz moderado a um rectifier puxado ao limite! Usámo-lo com o Gain a meio da sua acção e a riqueza dos médios (mesmo numa afinação barítono, com drop A) é qualquer coisa cheia de charme vintage.
Como acontece com qualquer pedal de distorção, a “sujeira” aumenta consoante o nível de gain, mas o Dark Matter aqui faz valer os EQs, que possuem uma acção bem definida. Para usar um oximoro, é um pedal de distorção suave como uma pluma. E se mesmo assim os graves estão a enrolar, o switch de Voice comprime ainda mais o low end. A questão é que, não será preciso extremar os níveis do pedal. Se precisam de um pedal de distorção que responda a mais que uma situação estética, o Dark Matter é uma óptima escolha.
Resumindo: Enorme versatilidade. Riqueza harmónica e amplitude de acção dos EQs, especialmente o Bass (potenciado ainda pela compressão do switch). Qualidade do True Bypass. Charme vintage no som. Muito simples de explorar.