Uma das convicções cada vez mais presentes e pertinentes com o avançar da idade é aquela que determina que o nosso tempo é, gradualmente, mais curto e precioso, pelo que devemos aproveitá-lo e empregá-lo em tudo aquilo que nos proporciona a maior exultação e prazer. Nem de mais, nem de menos, “Soul Power” é um bom exemplo disso mesmo.
Previsto, mas nunca monótono e previsível. Nostálgico, mas sempre moderno e progressista.
Bem aplicado, bem trabalhado, bem acabado. Previsto, mas nunca monótono e previsível. Nostálgico, mas sempre moderno e progressista. Uma excepcional criação e condução repartidas entre uma narrativa, uma voz e uma Stratocaster. Uma apaixonante fusão e recordação divididas entre Otis Redding, Jimi Hendrix e Marvin Gaye. “Soul Power” personifica e personaliza praticamente tudo o que de mais puro e sedutor existe, consiste e persiste da soul, ao blues, ao r n’ b, rock e garage rock. E detrás disto tudo um só estreante e surpreendente criador, Curtis Harding.
Que todas as estreias fossem assim.