EVIL LIVE 2024 | Suicidal Tendencies em grande com Jay Weinberg na bateria
2024-07-28, Evil Live, LisboaSuicidal Tendencies era uma das bandas que o público old school mais aguardava no Evil Live, e não desiludiram.
Foi ainda com os membros dos Suicidal Tendencies em cima do palco a fazer o soundcheck que a banda deu início ao concerto de forma repentina. Sem qualquer adereço cénico, ou projeção do logo da banda, partiram logo para “You Can’t Bring Me Down”, não sem antes ouvirmos a mítica introdução: «Estão prontos? De Venice Beach, Califórnia, Suicidal Tendencies!»
Apesar da banda de Mike Muir visitar regularmente Portugal, este era um concerto que os fãs aguardavam com grande expectativa, isto porque, na bateria está agora Jay Weinberg, ex-baterista dos Slipknot, que substituiu Greyson Nekrutman, actual baterista dos Sepultura, que, por sua vez, substituiu Eloy Casagrande, o novo baterista dos Slipknot que ocupou o lugar de Jay.
Quando falamos de um concerto de Suicidal Tendencies não há nada que inventar. Com uma setlist trancada há anos, recheada de clássicos, a banda procura sempre dar aos fãs aquilo que eles querem, crossover thrash rápido e direto, com a energia em cima do palco a transbordar através das correrias de uma ponta a outra e dos saltos frenéticos de Muir, dos guitarristas Dean Pleasents e Ben Weiman e do baixista Tye Trujillo.
Temos que admitir que os nossos olhos praticamente não saíram de Weinberg, e que delicia foi ver o seu sorriso de satisfação enquanto destruía as peles em malhas como “War Inside My Head”, “I Saw Your Mommy”, “Possessed to Skate” e “How Will I Laugh Tomorrow”.
Já Mike Muir tem aquele ar de durão do bairro, mas o lendário líder dos Suicidal Tendencies mostra-se extremamente afável e próximo na sua interação com os fãs, principalmente quando “estende a passadeira” para que alguns deles subam a palco, que acabou por ficar preenchido de fãs quase metade do concerto, ilustrando a postura descontraída de Muir e dos restantes membros da banda. Sem pretensões de rockstar, Muir mostrou-se como um autêntico miúdo de 61 anos e comandou a plateia com essa energia jovial.
Feitas as contas foi mais um agradável concerto dos Suicidal Tendencies e, para os fãs de thrash certamente que foi um excelente aquecimento para o prato forte da noite, os Megadeth.