De todas as vezes que nos vem à baila um tema como o futebol, o seu real interesse e importância valem o que valem. Mas a verdade é que o futebol serve como ponto de explicação e comparação para uma variedade ínfima de outros temas. Nesse sentido, da mesma maneira que no futebol não existe um Ronaldo sem um Messi, ou um Messi sem um Ronaldo. No rock não existem os Explosions In The Sky sem o post-rock, ou o post-rock sem os Explosions In The Sky.
“The Wilderness” não tem o fervor e a impetuosidade de outros tempos, mas tem a visão e a maturidade que normalmente chegam com a idade.
Os texanos, que há vários anos são especialistas em dispensar vozes e palavras em prol da linguagem das guitarras, estão de volta para mais uma jornada (a sétima) de longa-duração. Brando, leve e contemplativo. “The Wilderness” não tem o fervor e a impetuosidade de outros tempos, mas tem a visão e a maturidade que normalmente chegam com a idade. Mais sintetizado e electrónico. Não é tão dinâmico e virtuoso, mas é bem composto. Não é tão complexo e confuso, mas é luminoso.
E como nem sempre o ataque é a melhor arma. A jogar à defesa também se ganha.