Passar por oito cidades emblemáticas da história da música popular norte-americana, juntar de cada uma delas influências, músicos, estúdios e documentar a gravação de um disco em directo é uma boa ideia? Efectivamente é uma óptima ideia! Agora, se isso musicalmente significa que o mais recente trabalho dos Foo Fighters é um grande exemplo de originalidade e versatilidade, sem precedentes no seu percurso, aí tudo se complica…
Os Foo Fighters não se desprendem de uma espécie de “rock de colégio” que, na realidade, tem quase sempre muito mais de comercialismo do que de alternativo.
Não há dúvidas que Dave Grohl, para além de um grande porreiraço, é um dos tipos mais talentosos e empenhados dos últimos (largos) tempos. No entanto, os Foo Fighters não se desprendem de uma espécie de “rock de colégio” que, na realidade, tem quase sempre muito mais de comercialismo do que de alternativo. “Sonic Highways”, mesmo incorporando um bom par de picos, transgressões e intenções, tem quase sempre muito mais de óbvio do que de inovador. E se há vinte anos atrás, em vez de mais popular, Dave Grohl se tivesse tornado um anti-social?!
É tudo uma questão de “ses”…