Impaled Nazarene, Romantismo Violento!
2015-05-02, SWR, BarroselasTudo a partir, tudo a destruir, tudo excessivo, tudo indómito!
Perdoem a expressão mas, um gajo vai a um concerto para fazer reportagem, com a aquela atitude de ir buscar as referências, os clássicos que a banda tocou, se tocou bem, se a banda deu pregos, etc. E, no final, tudo se resume a uma coisa muito simples: o som está num volume próximo da demência, logo, o concerto está a ser do cacete!
Os Impaled Nazarene personificaram muito daquilo que se diz ser «o SWR». A música, seja qual for o género, mas principalmente o rock, não obedece apenas a aspectos, mais ou menos, técnicos, mas à atitude, às vísceras.
Os Impaled Nazarene tocaram com um som, não só alto, mas pleno de estridência, a fazer ranger os dentes. Pouco importa quando se trata de ouvir “Armageddon Death Squad”, “The Horny and the Horned”, “Sadhu Satana” ou “Total War”, num caos sonoro a roçar o punk. Casualidade? Propositado? A segunda hipótese parece mais provável, já que a banda se fez acompanhar do seu próprio técnico e esse, aparente, handicap funcionou como catalisador de um certo romantismo, de uma postura naïf: tudo a partir, tudo a destruir, tudo excessivo, tudo indómito!
Quando se vê a banda ficar sem som e Mika Luttinen continuar a cantar “em cima” da bateria, do som de palco apenas, sem micro a funcionar… Lembramo-nos que antes da invasão das “melodiazinhas” de coisas como Nightwish ou Children of Bodom, se fazia metal a sério na Finlândia.