Mandam os bons e os velhos princípios que um disco deve sempre arrancar com aquela que será a sua melhor canção. “El Pintor” arranca, mas na verdade não oferece muito mais que isso. Os Interpol, tal como mais de metade dos grupos emergentes da mesma fornada, sempre foram mais voltados para o passado do que para o futuro.
“El Pintor” vira-se para o melhor que já não vem, “Turn On The Bright Lights”
E, numa altura em que a sua popularidade e relevância foram caindo nas implacáveis entranhas de um processo criativo decrescente e rotineiro, “El Pintor” vira-se para o melhor que já não vem, “Turn On The Bright Lights”. Escuro, gelado, e por vezes claustrofóbico. Uma clarividente intenção de recuperar e revitalizar um impulso que já não é novo, nem prende ou surpreende se não numa única canção, “All The Rage Back Home”. E mais do que isso, simplesmente, pouco existe. Pouco existe porque “El Pintor” não se desprende, nem passa ou destaca das mesmas ideias, inspirações e concepções, a diferença é que agora… agora já passaram mais de dez anos.