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7

Ladyhawke

Anxiety

Universal Music, 2012-05-25

Nero

A neo-zelandesa Phillipa Brown adoptou o seu nome artístico do clássico filme de sword & sorcery de 1985. Já a sua sonoridade extraiu daquilo que Shirley Manson, e os Garbage, acrescentaram à sofisticação de Chrissie Hynde.

A sua contribuição para esta estética é uma vertente muito mais colorida e dominada por sintetização que as suas influências. As inúmeras camadas de teclados e o processamento das linhas de guitarra vão sustendo este álbum, no qual a compositora revela a sua “ansiedade” em estabelecer-se na cena internacional. É como se usasse todos os truques, tudo aquilo que tem para dar. Fica aquela sensação de que será necessário um terceiro álbum para confirmar ou para consolidar todo o potencial aqui demonstrado.

A compositora ainda não está na plena posse da sua maturidade, principalmente na dinâmica do álbum, que raramente permite ao ouvinte uma pausa para respirar. Ou talvez esse seja um problema de produção, pois a contínua sobreposição de camadas instrumentais acaba por tornar-se um factor de distração. “The Quick & The Dead”, um dos highlights do álbum, é um exemplo de equilíbrio e definição estética que será necessário expandir à totalidade de um próximo álbum.