O álbum que Robert Plant gravou com Alison Krauss, “Raising Sand” (2007) deixou uma tremenda impressão a ouvintes, crítica e, certamente ao próprio Plant. Este disco persegue os ambientes de americana daquele álbum, mas faltar-lhe-á a capacidade de sintetização de Krauss. O misticismo dos Led Zeppelin ou as experimentações com Jimmy Page em “No Quarter” são também perseguidos, mas sem a capacidade de montagem de puzzles melódicos e rítmicos que Page possui.
Plant vê-se perdido no fascínio de alguns dos momentos mais altos da sua discografia e incapaz de estar à altura deles.
“Lullaby And…” é um disco ambicioso, mas deixa promessas por cumprir. As programações terão permitido um desenvolvimento mais rápido ao projecto, mas retiram dinâmica ao trabalho e “engolem” os arranjos dos instrumentos étnicos. E mais, acabam por revestir os temas de uma carapaça new age que provoca fadiga auditiva.
No final, vale o carisma de Plant.