O quinto disco de estúdio transporta uma carga negativa, devido à morte do baixista Paul Gray, o que chegou mesmo a colocar em causa a continuidade dos Slipknot. E ainda devido a saída, nada amigável, dessa locomotiva que é o baterista Joey Jordison.
Mais que tudo, este é um disco de homenagem, um tributo ao falecido Paul Gray. Uma recapitulação.
A verdade é que os Slipknot ainda estão vivos, e as suas composições não sofreram alterações. Aliás, este é mesmo um dos seus trabalhos mais sólidos, quase uma recapitulação de todos os registos anteriores. Tem momentos bem vincados do seu homónimo disco de estreia, conjunturas de peso características de “Iowa” e as melodias e emoções de “Vol.3 The Subliminal Verses” e “All Hope Is Gone”. “.5: The Gray Chapter” não foi feito para ser o melhor álbum da banda. Mais que tudo, é um disco de homenagem, um tributo a Gray, algo que, certamente, se revelará ao vivo quando uma multidão cantar em plenos pulmões o refrão de “Skeptic” – tema que aborda de uma forma mais directa este assunto. Provavelmente, esta é a única coisa que importa para o grupo neste trabalho.
Decididamente, este longa-duração parece encerrar um capítulo, e abrir uma nova era. É uma porta que se fecha para se abrir outra para um futuro.