Máquina do Tempo: A Noite em que Joey Jordison dos Slipknot Salvou os Metallica
6.6.2004. Download Festival. Inglaterra. Os Metallica tardavam em subir ao palco, o baterista Lars Ulrich estava desaparecido em combate e 100 mil fãs estavam prestes a testemunhar um espectáculo inesperadamente histórico.
Em 2004, os Metallica eram o headliner do segundo dia do Download Festival, no mesmo dia faziam parte do cartaz, nomes como Slayer e Slipknot. Cerca de 100 000 mil fãs esperavam por ver o quarteto em cima do palco, mas nos bastidores, ninguém sabia de Lars Ulrich, o dono das baquetas dos Metallica. Havia vários boatos desde a saída de Lars da banda até à sua própria morte… ou rumores insólitos como o de um alegado executivo da editora dizer: «Vi Lars Ulrich saltar de um helicóptero quando estava a aterrar e desaparecer na multidão».
Qualquer que fosse a verdade, uma coisa parecia clara: se os homens do momento do thrash metal iam tocar no Download Festival, então iriam precisar de um novo homem atrás do kit. Sabe-se que quando se tem uma multidão à espera, o pior que se pode fazer é cancelar um concerto. Com mais de uma hora de atraso e após uma guerra épica que envolveu muitas garrafas atiradas ao palco, os Metallica pisavam o palco… sem Lars. Mas com o gigante Dave Lombardo. Após uma rápida explicação de James Hetfield de que Ulrich estava em mau estado de saúde e no hospital.
A Dave Lombardo sucede-se um tímido “For Whom The Bell Tolls”, tripulado pelo homem dos Slipknot, Joey Jordison, seguido por um “Creeping Death” mais confiante e um coeso “Seek & Destroy” sugeriam que a noite estava ganha. Ainda houve a oportunidade para o drum tech de Ulrich, Flemming Larsen, de se sentar aos comandos da bateria. Mas Joey Jordison rapidamente recapturaou o banco para dar aos fãs um dos mais memoráveis espectáculos dos Metallica de sempre, numa espectacular demonstração de solidariedade entre heróis do metal.
Mas, afinal, o que teria acontecido a Lars? Mais tarde o músico contou a sua versão. «Tínhamos tido uma agenda de digressões pesadas no Japão, Europa, América e Austrália», diria Ulrich dois dias depois. «No meio disso, havia coisas que se tinham desenrolado na minha vida pessoal – a minha família e o meu casamento e outras coisas. Por isso, acordei em Copenhaga no domingo de manhã, almocei com os sogros e primos e depois apanhei o avião. Estava exausto. Foi bastante assustador estar num pequeno tubo de metal a 41.000 pés. Nunca tive ataques de ansiedade, ou qualquer tipo de ataques de stress».
Podes ler o que se passou nesta noite memorável no artigo da Classic Rock que relata um dos inúmeros episódios da vida de Joey Jordison, que foi interrompida abruptamente no dia 26 de Julho de 2021.