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Fotoreportagem: Rammstein em Lisboa, Música é Fogo de Artifício

Fotoreportagem: Rammstein em Lisboa, Música é Fogo de Artifício

Rodrigo Baptista
Inês Barrau

Após uma ausência prolongada de 10 anos, os Rammstein regressaram a Lisboa para atear o “Inferno da Luz”. Numa produção megalómana, a banda germânica brindou-nos com uma Gesamtkunstwerk (obra de arte total) pautada por stunts dignos de Hollywood, piromania a jorros e grandes hinos da Neue Deutsche Härte.

No século XIX, o compositor alemão Richard Wagner associou-se a um novo conceito estético que começava a surgir na Alemanha, a Gesamtkunstwerk (obra de arte total). Este era um termo que defendia uma expressão artística que articulava de forma harmoniosa a música, o drama, a dança e as artes plásticas. Para além destes aspetos, Wagner também acreditava que a imersão do público no espetáculo era extremamente importante para a conceção dessa ideia de obra de total, e foi por isso que quando criou o seu próprio teatro na cidade de Bayreuth, este se apresentou como revolucionário à época. Aspetos como o escurecimento da sala, o uso de efeitos sonoros ou o reposicionamento das cadeiras para focar a atenção do público no palco podem parecer algo naturais nas produções de hoje em dia, mas foi Wagner quem teve essa visão de fazer com que a ida a um espetáculo passasse de um mero momento de lazer para uma experiência imersiva.

Fast foward para 2023, e podemos, com toda a certeza, afirmar que também os espetáculos dos Rammstein se enquadram neste conceito de obra de arte total desenvolvido por Wagner. Mas nem sempre foi assim…

Os Rammstein, com a formação que conhecemos até hoje, tiveram a sua génese em 1993, como um projeto paralelo, quando o teclista Christian “Flake” Lorenz, o baterista Christoph Schneider e o guitarrista Paul Landers, na altura da banda Feeling B, conheceram e começaram a fazer jams com o guitarrista Richard Kruspe, o baixista Olivier Riedel e o vocalista Till Lindemann. Dessas jams acabaria por sair “Ramstein”, uma faixa sobre o desastre aéreo de 1988 que aconteceu nessa cidade alemã e onde 70 pessoas morreram depois da colisão de dois aviões. Rapidamente a banda, ainda sem nome, acabaria por ficar conhecida como “a banda com a música “Ramstein””. O termo pegou e a banda passou a adotar essa nomenclatura, acrescentado apenas mais um “m” à palavra. Apesar de já terem a visão de um espetáculo grandioso e com efeitos especiais, as primeiras atuações dos Rammstein foram ainda algo simplistas, contudo a experimentação com pirotecnia nos seus concertos começou a surgir em festas de ano novo quando decidiram utilizar pela primeira vez fogo de artifício. Escusado será dizer que o bichinho começou a crescer a partir daí… até se criar num “monstro”.

A MÚSICA É FOGO DE ARTIFÍCIO!

Para o concerto de 26 de Junho, no Estádio da Luz, em Lisboa, os Rammstein trouxeram-nos a sua “Stadium Tour”, uma extensa digressão de promoção ao álbum “Zeit”(2022), mas que teve o seu início em 2019, quando a banda germânica ainda estava a mostrar o álbum “Untitled” (2019) (para muitos é o álbum do fósforo). A produção em sim é colossal, só para terem uma ideia dos números, para transportar e montar aquele palco, que mais parece uma autêntica refinaria, foram necessários mais de 70 camiões e 7 dias de montagens. Em baixo podes ver a fotoreportagem do concerto.

LÊ A REPORTAGEM COMPLETA, AQUI.