THE BLACK CROWES c Ines Barrau 2

Fotoreportagem: The Black Crowes & DeWolff No Campo Pequeno em Lisboa

20/10/2022
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A relação entre os irmãos Robinson foi sempre tumultuosa, tovadia Chris e Rich Robinson lideraram com solenidade fraternal uma harmoniosa banda. Alheios às bancadas despidas de um Campo Pequeno, cuja lotação foi salva pela presença de muitas centenas de nuestros hermanos, os Black Crowes encerraram a digressão dos 30 anos de “Shake Your Money Maker” preservando toda a alma e alquimia desse álbum icónico e oferecendo uma luxuosa performance aos que teimam em adorar o bom e velho rock ‘n’ roll.

Os primeiros rumores de uma reunião dos irmãos Robinson surgiram em Outubro de 2019. Logo no mês seguinte foi formalmente confirmado que os Black Crowes iam mesmo regressar ao activo e dar uma série de concertos a tocar integralmente o seu excelente álbum de estreia, “Shake You Money Maker, originalmente editado em 1990. A digressão alastrou e, contra as nossas expectativas, chegou a Portugal. Afinal, as únicas vezes que cá passaram acabaram por ser em momentos que tiveram pouca expressão junto do público. A primeira foi com os Rolling Stones, na Voodoo Lounge Tour, em 1995. Um concerto em que, entre os milhares que encheram o antigo Estádio de Alvalade, poucos prestaram atenção à banda. A segunda vez aconteceu no T99, festival que, apesar de um cartaz sonante (Metallica, Aerosmith, Garbage, Monster Magnet, Rollins Band ou Ministry), teve uma fraquíssima resposta de público e os Black Crowes foram algo desconsiderados.

Desta vez, não foi muito diferente. A resposta do público foi fraquíssima e o Campo Pequeno terá estado preenchido apenas a uns 30% da sua capacidade. Os portugueses ficam melindrados quando lhes dizem que não gostam muito de rock ‘n’ roll, mas contra tantos factos, restam poucos argumentos. Não fora por uma autêntica invasão de nuestros hermanos e a presença de muitos rockers do povo irmão por cá sediados e, talvez, o pouco público estivesse reduzido a metade. Vê a fotoreportagem em baixo e lê a review completa, aqui.

O power trio DeWolff surgido em 2008 e desde aí tem gravado discos de dois em dois anos. Sem a chinfrineira mediática que circunda os Greta Van Fleet, por exemplo, este holandeses são também uma banda de putos que adoram a era dourada do rock, mas que sabem fazer música com uma maioridade bem superior. Os irmãos Van de Poel, Pablo na guitarra e Luka na bateria, mais o teclista Robin Piso, revelaram capacidade técnica, potência sónica, enorme coesão e solidez e muita rodagem de palco, armando uma enorme explosão com a pouca pólvora (escasso público) que decidiu entrar mais cedo no recinto para os ver.

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