Pink Floyd: Nick Mason Ironiza Ressentimento de Roger Waters
O grande cisma da indústria musical, a separação de Roger Waters e dos Pink Floyd, continua sem fim à vista. Confrontado com declarações recentes de Waters, de que era alvo de bullying por parte de David Gilmour e Richard Wright, Nick Mason afirma que Stalin também foi vítima de bullying.
O enorme cisma entre Roger Waters e os restantes membros sobreviventes dos Pink Floyd, nomeadamente David Gilmour e Nick Mason, está para continuar. Numa nova entrevista, na The Coda Collection, o baterista reagiu, sem poupar na ironia, às recentes afirmações de Roger Waters de que tinha sido intimidado por outros membros da banda. «Stalin foi intimidado», Mason disse…
Os comentários de Waters, que confessou amargurado ter sido alvo de bullying nesses tempos nos Pink Floyd, surgiram num episódio de Agosto do WTF podcast de Marc Maron. «Estavam sempre a tentar mandar-me para baixo», disse Waters, acusando particularmente o seu alvo preferencial, David Gilmour, mas também o falecido Richard Wright. «Estavam sempre a tentar menosprezar qualquer ponto alto meu».
Confrontado com estas declarações, Mason riu-se. «Isso deixa-me ligeiramente estupefacto», disse. «Penso que essa é uma forma demasiado dramática de referir-se a algum tipo de divisão que havia dentro da banda. De certa forma, o Roger olhava sempre um pouco para além da música. Penso que era algo artificial, que possivelmente havia o seu lado que queria fazer insufláveis e filmes, assim como música, e aqueles que só queriam fazer música. Mas, penso que não eram desagradáveis para ele. É difícil imaginar ser mau para o Roger». E então atirou, irónico, que o ditador soviético também foi alvo de bully – em menção aosn abusos que Stalin sofreu na infância, de acrodo com vários historiadores.
A última reviravolta nesta lavagem de roupa suja surge na sequência da polémica com a edição remasterizada de “Animals”, depois de Roger Waters continuar a alimentar o seu enorme ressentimento contra David Gilmour e manter ataques ferozes ao seu antigo companheiro nos Pink Floyd e à sua esposa, Polly Samson. Segundo Waters, essa edição tem sido adiada porque Gilmour pretende obter mais reconhecimento nas composições do que o que merece realmente. Isto já depois de Waters ter acusado Gilmour de o “banir” do website do grupo e das contas dos meios das redes sociais.
Gilmour e Mason, membros sobreviventes da última formação da banda, ainda não teceram qualquer comentário, mas no final de 2019 Gilmour foi bastante claro sobre aquilo que significou a saída de Waters em 1985: «Todos sabíamos que o Roger iria sair. Ele não estava feliz, nós também não. Sempre soube que queria seguir em frente, o Nick parecia desejar isso também. Falei com Rick durante uma folga, na Grécia, e conversamos sobre seguir em frente e ele também queria».
Depois de abordar as discussões com Waters, recorrentes nos seus últimos anos nos Pink Floyd, Gilmour, adianta: «Tinha a certeza que as editoras gostariam de lançar um álbum nosso. Obviamente, não ter o Roger foi algo diferente, mas em algumas formas, sentimo-nos livres. As tensões dos dois álbuns anteriores, especialmente em ‘The Final Cut’, já não estavam mais ali. Éramos apenas nós juntos, a compor e gravar. Havia um sentimento de liberdade e optimismo».
Já no passado 6 de Setembro, dia do aniversário de Roger Waters, que completou 78 anos houve outro incidente. Os Pink Floyd não deixaram passar a data em branco, assinalando-a com uma publicação na rede social Twitter. No entanto, a foto e mensagem colocadas viram-se rapidamente envoltas em polémica, deixando alguns fãs muito irritados…