Terceiro Dia de NEOPOP: 999999999 e Héctor Oaks Brilham

21 Agosto, 2022

Assim como o cartaz, que tem sido em crescendo, o NEOPOP, no seu terceiro dia continua a linha evolutiva ascendente, alimentado a “gasolina de cada vez maior octana”.

999999999(lê-se 9 vezes 9), Solomun, Paula Temple, Richie Hawtin, Héctor Oaks e Adiel destacaram-se pela positiva, num dia de cartaz repleto de buzz.

Solomun, múltiplas vezes galardoado com o prémio de melhor Dj de Deep House de Ibiza, começou, para tristeza de muitos, logo às 22h da noite. O bósnio-alemão, levantou ânimos no palco principal numa aproximação musical do seu moto “Ninguém é não amado”, na sua atuação era possível sentir isso mesmo.
O público aparentemente antipático, exigente e centrado em si próprio vira personificação da celebrada divisa “peace & love”, uma associação não propriamente comum.

A figura, marca e de certa forma “mãe fixe”, Paula Temple dispôs de duas horas para relembrar o público português porque é tão cobiçada por este mundo fora. A sua abordagem única à arte do manuseamento de discos, tem-lhe valido reconhecimento e artigos mas é na capacidade de colocar todos os presentes a dançar que está o seu principal chamariz. Não deviam haver muitos presentes que não reconhecessem o nome dela e no final do seu set, menos ainda.

Seguiu-se o homem plástico Richie Hawtin. Possuidor de um currículo invejável e, possivelmente, a maior influência possível no techno em específico e na música na sua generalidade pelos seus contributos no desenvolvimento do Ableton. Para a capital do techno não trouxe nada revolucionário. De Hawtin é esperado tanto que um espetáculo competente como o que apresentou sabe a pouco. Esperava-se mais do ícone.

Contudo, o duo italiano, 999999999, está cada vez mais perto de se tornar uma instituição na cena techno, especialmente pesada. Com um foco na faceta mais ácida do género, o projeto que se iniciou em 2016, junta Carlo e Giovanni. Ambos oriundos de Veneza, já eram Djs e produtores quando se conheceram.
Um concerto único, como, com os venezianos, são todos, o público não bateu pé, quer dizer, bateu-se muito pé no NEO STAGE. 999999999, na 15ª edição do NEOPOP, apresentaram-se com muitas(quase todas) faixas próprias, improvisando no momento e mexendo ondas que se fizeram sentir até à foz do rio Lima.

No ANTI STAGE, Adiel e Héctor Oaks foram os que mais brilharam. Ambos munidos das suas rigorosas seleções de vinis, desbravaram o relvado que depois dos seus sets não sobreviriam com uma rega. Ambos oriundos de países do sul da Europa, Adiel de Itália e Héctor de Espanha. O público ia reagindo efusivamente à energia dos dois. Em Adiel com amor e em Héctor com profundidade.

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