Aqui está mais uma ronda de Viriatada, o espaço que a AS dedica aos lançamentos da música portuguesa.
A música nacional merece ser partilhada. Existem novos lançamentos todos os dias, todas as semanas, todos os meses, e qualidade é coisa que não falta! A nossa rubrica Viriatada reúne alguns dos destaques da música portuguesa todas as semanas. Poupamos-te o trabalho, só tens de visitar a Arte Sonora, conhecer, ouvir e partilhar.
JÜRA | “voltapramim”// Jüra estreia um tema inédito “voltarpramim” no canal oficial de YouTube e nas restantes plataformas digitais. As novidades não se ficam por aqui, este novo single faz ainda parte de uma edição especial em vinil do EP de estreia “Jüradamor” que fica disponível para venda, em exclusivo, no dia 15 de Novembro. A verdade de Jüra sente-se em toda a música que compõe, e “voltarpramim” continua a mostrar o talento e honestidade artística de cada palavra que por si é escrita e cantada. “Voltarpramim” fecha o ciclo do EP de estreia e abre um novo, refletindo a necessidade do amor próprio, do momento de retorno à raiz. “Fiz uma jura e vou fazer o combinado. Vou sem deixar. Voltarpramim é decidir escolher-me de todas as vezes. Calar o mundo. Sentir o peso, ir embora e deixar ficar o amor. É um fim sem ser e um início que não é. É ir a saber que tudo o que cantei senti. E quando jurei não menti.” partilha Jüra. Jüra continua a caminhar por novas sonoridades entre a Pop, R&B e Hip Hop, em “voltarpramim” manteve a parceria de sucesso com o produtor e músico DØR (Miguel Ferrador) que já tinha anteriormente trabalhado no EP de estreia. A artista e compositora continua a mostrar versatilidade, mas a canção de intimidade desarmante mantém-se intacta. A sua verdade tem conquistado a crítica e público, que se revê, relaciona e sente de igual forma. A imagem e sonoridade únicas que vivem entre a Pop, o R&B e o Hip Hop, destacou-a primeiro com os dois singles “És o Amor” e “somozumnãodois” e mais recentemente com o EP de estreia, “Jüradamor”. Conquistou o público, o primeiro milhão de streams, a crítica, as principais rádios nacionais com o single “diz-me” no Top20 airplay em Portugal, o Top Shazam Portugal. Jüra leva o EP de estreia de Norte a Sul de Portugal, a descobrir novos caminhos. No dia 26 de Novembro, junta-se ao cartaz do Super Bock em Stock, que celebra a música nova portuguesa e internacional, um dos concertos certamente mais aguardados desta edição. Ainda neste ano atua na primeira edição do Festival Authentica em Braga, no dia 9 de Dezembro e termina 2022 no Teatro Aveirense a 22 de Dezembro. Oportunidades perfeitas para se viver o que é sentir na pele de Jüra, nos altos e baixos da vida, das relações, do amor, da procura da beleza que há na tristeza, porque é na música que encontra a tradução da emoção, da dor e do amor que sente. Porque em Jüra há verdade! É Jüra a jurar amor. A cantar o amor e a dor, do amor.
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TERESINHA LANDEIRO FT. SALVADOR SOBRAL | “A Lei da Recompensa”// Teresinha Landeiro convida Salvador Sobral para juntos apresentarem uma canção inédita. “A Lei da Recompensa” constitui o título para a música que agrega os dois talentos nacionais. Já é possível conhecer o videoclipe no YouTube oficial da artista e em todas as plataformas digitais. “Poderia passar horas a pensar o que será que motivou o quê: se foi o facto desta canção só fazer sentido cantada com alguém que admiramos muito, que me levou a querer cantá-la com o Salvador, se foi a minha admiração profunda por ele que me fez usar esta música como pretexto para o convidar para a cantarmos juntos. Pouco importa o motivo, o que importa realmente é que cantei uma canção com um dos meus artistas favoritos e não aguento a alegria. Durante a pandemia, ainda quando as casas de fado iam abrindo timidamente, e as pessoas tinham medo de sair à rua, o Salvador era presença assídua na Mesa de Frades. Penso que essa foi uma das razões para eu acreditar que a admiração é mútua, e foi isso que me encheu de coragem para o convidar a cantá-la comigo. Uma canção sobre dar amor, ensinar a receber amor, e um dia ser recompensado pelo amor que soubemos dar, só poderia ser cantada em conjunto com alguém que é amor em forma de Arte. Obrigada Salvador!”. A música que conta com texto da própria Teresinha Landeiro e composição de Pedro de Castro começou por ser desenhada nas icónicas noites no espaço Mesa de Frades, em Alfama (Lisboa), numa conjugação artística que cada vez se tornou menos improvável. A ida para estúdio tornou-se inevitável e juntos apresentam também um vídeo que conta com a realização de Jenniffer Lima Pais.
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INDIGNU | “adeus”// Fica disponível em todas as plataformas digitais e formato vinil, o novo disco dos indignu, “adeus”, uma edição conjunta entre a dunk!records e a norte-americana One Thousand Arms. Provenientes de uma das nascentes de rock da mais fina estirpe do nosso país, os indignu dão-nos o seu 5º álbum. Surgido na sequência de mudanças na sua formação e de um processo criativo que se alongou por três anos, escolhendo o Arda Recorders no Porto para o fazer, trabalhando com Ruca Lacerda (Mão Morta, Pluto) na gravação e mistura. A masterização esteve a cargo do islandês Birgir Jón Birgisson que já trabalhou com nomes como Bjork, Sigur Rós ou Spiritualized. Para aqueles que necessitam de etiquetas e fronteiras intelectuais, seria simples referir o post rock e alguns dos seus sumos artíficides. Para maior impacto mediático, seria óbvio referir colaborações com vultos como Ana Deus, Manel Cruz ou o escritor Valter Hugo Mãe. Todavia, ainda que valendo-se de toda esta abrangência e pertinência criativa, a sonoridade dos indignu quebra muitos dos seus paradigmas, ouvindo-se bastante mais ampla, surpreendente e verdadeiramente sinestésica. Há neste disco a reinvenção contemporânea do fado, que nos foi oferecida pelos grandes Dead Combo, a fomentar nessa forma de sentir tão portuguesa, um adeus que contém a promessa de retorno, que fere o âmago e lhe dá esperança pelo reencontro, um adeus que sabe a saudade. Um post-fado, para usar um palavrão, num disco sem palavras ditas, mas que as deixa intuídas. Uma acima de todas: “adeus”. Essa palavra que encerra tantos significados e tem tantas formas de ser dita, é sintetizada num disco magnífico da música moderna portuguesa. Não chega a ser um religioso «a Deus», mas a sua escuta eleva-nos o espírito. Não é um adeus violento, ainda que encerre alguma agressividade visceral e momentos de um peso sufocante (“Devolução Da Essência Do Ser“), mas sente-se, por vezes, dolorosamente definitivo. É assim que “A Noturna“, em primeiro lugar, nos acolhe na contemplação de um cisma. Do quão tamanha é a dor não cantada e imensos os mitos não escritos. Porque o ser humano é habitado por dores sem eco, por heróis não aclamados para os quais o único prémio é a sua dor não imortalizada. O herói anónimo permanece abandonado pelos poetas. Eis a interjeição Pessoana: “Ó mar salgado, quanto do teu sal São lágrimas de Portugal!”. Nesse estoicismo tão próprio da “portugalidade”, os indignu refundam-se como entidade e como ensemble. “adeus“ é uma narrativa de despedida e simultaneamente de restauração. Assim que surgem as amplas veredas sintetizadas de “A Noturna“, com as suas gigantes baterias a ressoar na textura etérea, sente-se no âmago que a riqueza musical hiperabunda nesta mensagem instrumental. Vamos senti-la no inesperado surgimento dos delays e do vibrato de David Gilmour, nesse tema de proporções épicas que é a “Devolução Da Essência Do Ser“; no romantismo dos pianos de “Em Qualquer Entranha” (o interlúdio do disco) ou no elegante cruzamento das cordas com o combo de instrumentação rocker, em “Urge Decifrar No Céu“. E o disco encerra com o maior exemplo da sofisticação dos indignu, um legado do fino recorte orquestral de Rodrigo Leão, na forma como exploram as dinâmicas do silêncio e desconstroem os compassos de “Sempre Que A Partida Vier” e como aí intrometem, uma vez mais, o inesperado exotismo. No final, “adeus” possui essa rara qualidade dos trabalhos instrumentais que não pretendem evitar as palavras mas fomentá-las, num espaço de introspecção.
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GIL DO CARMO | “Refugiado”// Gil do Carmo mostra o novo videoclip da música “Refugiado”, que integra o álbum “Sê”, lançado em 2022. “A palavra “Refugiado” é utilizada de uma forma banal na atualidade, mas o que proponho com este single, é um olhar para o mais profundo em nós, no fundo, para dentro de nós, onde nos devemos também refugiar. Somos todos “Refugiado”. O que nos salva é o refúgio em nós próprios e no amor.” afirma o cantautor. O Videoclipe “Refugiado” é uma animação realizada por dois artistas e amigos do cantautor, que vivem em Itália, o país europeu que é testemunha da “onda global” de refugiados: Ivone Amaral, fotografa portuguesa, a viver em Milão, e Ivan Tozzo, artista visual, pintor e escultor, dedicado igualmente à música. Ivone conhece Gil do Carmo, desde o tempo em que estudaram na Escola “António Arroio” em Lisboa e esta é a sua primeira realização, já o primeiro contacto de Ivan com a obra de Gil do Carmo, em 2021, foi um incentivo para a realização deste videoclipe.
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NUNO LANHOSO | “Mitos e Nicolaus”// Nuno Lanhoso edita o seu primeiro álbum, “Mitos e Nicolaus”. Em simultâneo, lança o single “Acordem-me Quando For P’ra Cantar”, dueto com Pedro Abrunhosa, que para além de seu conterrâneo da cidade invicta, é uma das inspirações musicais de Lanhoso desde tenra idade. “Mitos e Nicolaus” fala sobre “amor ou desamor”, como diz o autor. “Se me pedissem para descrever “amor” numa palavra, dizia: inspiração; mas se fôssemos aos bastidores dessa palavra, tenho para mim que os Mitos e os Medos andariam de mão dada, sempre prontos a intervir no lado lunar das relações”, escreve Lanhoso acerca do disco. “Os ‘Nicolaus’ são quem dá graça a isto tudo. São a poesia, são as esquisitices, são as coisas que partilhamos com quem nos é mais próximo. Impedem que a vida seja uma equação, que o amor seja matemática. (…) Eu tive um Nicolau. Mais do que um até. E prometi a mim mesmo que se alguma vez fizesse um álbum, havia de ter Nicolau no nome.” Médico de formação, apaixonado pelo piano e pela guitarra, Nuno Lanhoso percebeu aos 30 anos que a sua principal vocação era a música. Descobriu o fascínio pela escrita de canções num velho piano em casa dos seus avós e transcreve para as suas composições a beleza que vê na poesia e simplicidade do quotidiano. Depois de editar os singles “Nem Desgosto do Amor”, “Caso Apareças Por Aqui” e “Espero Que Cases Com Um Totó”, Nuno Lanhoso edita um dueto com Pedro Abrunhosa, “Acordem-me Quando For P’ra Cantar”, no mesmo dia do seu álbum de estreia, “Mitos e Nicolaus”. Estes registos já podem ser ouvidos em todas as plataformas digitais.
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ALEXANDRE SOARES | “Ouvido Interno”// Nascido no Porto, Alexandre Soares é uma extraordinária biografia viva da música portuguesa. Tendo iniciado a carreira em 1980 como guitarrista e compositor dos GNR – grupo do qual foi co-fundador e primeiro vocalista – vem mais tarde a integrar a banda Três Tristes Tigres que regressou em 2020 aos palcos, por ocasião da edição do álbum “Mínima Luz”. Alexandre Soares dedica-se à criação de bandas sonoras para cinema, teatro e dança, e está ligado à Associação Sonoscopia, que se centra na música experimental e pesquisa sonora, contudo, fruto de um tempo estranho e livre que a pandemia providenciou, brinda-nos com “Ouvido Interno”, um disco sem canções, mergulhado numa dança contemporânea lenta e eléctrica, com sintetizadores modulares e guitarras que gritam.
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MEMA. | “Imortal”// MEMA., artista aveirense e responsável pelo EP “Cidade de Sal”, prepara-se agora para entrar numa nova fase da sua carreira, com o lançamento do seu mais recente single “Imortal”. Este tema antecipa o aguardado lançamento do seu disco de estreia, agendado para abril de 2023. Depois de um intenso verão em que subiu ao palco principal do Vodafone Paredes de Coura em agosto, MEMA. volta às edições de estúdio com este lançamento. A canção é de sua autoria, como também a composição e produção, já a masterização é de Stephen Kerrison e a mistura de Ruby Smith. “Imortal” antecipa o primeiro longa-duração e representa uma libertação em relação às expectativas de outros. Nas palavras da artista, “Imortal é um tema que escrevi para me lembrar de viver o momento, parar de pensar demais e de tentar agradar a outros ou obsessivamente pensar no que os outros pensarão de mim.” O tema da viagem está muito presente neste single e com ela o encarar de adversidades que possam surgir por esse caminho que a artista se propõe a fazer. Continua “precisava de me lembrar que a adversidade é uma entidade passageira e que aceitar a sua passagem, embora tumultuosa, torna a viagem mais tolerável. O que interessa preocupar-me com o futuro, com um além ou uma vida eterna, se não vivo esta e se a minha cabeça não está no presente? «Eu não quero ser imortal» é esse o meu grito.” O videoclipe de “Imortal” é realizado por Gonçalo Loureiro, que assinou também anteriores singles como “Estou Bem” ou “Perdi o Norte“.
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PEDRO MAFAMA | “Que o Céu Não Caia”// “Que o Céu Não Caia” constitui o tema que serve de mote para uma obra criada por Pedro Mafama e Filipe Penajóia. Este vídeo que metaforicamente encerra o álbum “Por Este Rio Abaixo”, acaba por servir de anúncio de que Pedro Mafama está oficialmente a trabalhar em material novo e que 2023 trará música nova. “Este filme tem a assinatura de um dos meus parceiros de criação, o Filipe Penajóia. Foi feito como uma representação da longa viagem que tem sido este meu disco de estreia, para levar até vocês a minha visão da música portuguesa e criar a marca que quis criar com o “Por Este Rio Abaixo”. Tem sido uma travessia de longos anos, mas que se foi tornando mais linda e menos solitária pelo caminho, com cada produtor, engenheiro de som, realizador, designer, fotógrafo, artista, manager, parceirxs de palco, técnicos e equipa de estrada, agência e discográfica que me vai ajudando nesta missão – e cada um de vocês que ouve a minha música, recebe as minhas imagens e palavras, está nos concertos, ou me acompanha. Desde o arranque no hostel e nos Anjos70, aos que me receberam por todo o país, aos que me conheceram agora em Barcelona ou Madrid, esta bandeira é de tds nós e é para chegar a todo o mundo. Agora é hora de arrancar para um novo álbum. Ele já salta e grita na minha cabeça e estou a preparar-me para tirá-lo de cá de dentro e colocar a minha próxima visão em cada casa, carro, coluna portátil e altifalante de telemóvel, e começar um novo capítulo, uma outra bandeira nesta viagem que é, mais do que só minha, de quem acompanha, ajuda e/ou aplaude. Em breve tenho uma nova estrada para percorrermos juntos. Muito obrigado a tds, um forte e apertado abraço, do vosso Mafama”.
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VELHOTE DO CARMO | “Saco de Boxe”// A duas semanas de editar o EP “Páginas Amarelas” ficamos a conhecer mais um dos temas que integra o alinhamento do primeiro trabalho de originais de Velhote do Carmo. Composto por Velhote de Carmo, o tema conta com letra assinada pelo próprio em parceria com Martim Seabra. “Saco de Boxe” marca, desta forma, a contagem descrescente para a edição do aguardado primeiro EP do músico de São João do Estoril, a editar no próximo dia 18 de Novembro. “Páginas Amarelas” é composto por 6 inéditos, dos quais já se conhece MAU ANDAR – que teve entrada directa para a playlist de várias rádios nacionais e garantiu a Velhote do Carmo a presença na colectânea Novos Talentos Fnac. Em antecipação do lançamento do álbum, no dia 17 de Novembro, a partir das 21h, há festa em dose dupla em formato de listening party e a primeira (de muitas) celebração dos Discos Submarinos na Musa da Bica. A música estará a cargo de Velhote do Carmo e Benjamim. No dia 16 de Dezembro, Velhote do Carmo sobre pela primeira vez a solo ao palco do Musicbox, pelas 22h, para apresentar vivo “Páginas Amarelas”. Os bilhetes para o concerto já estão à venda.
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NENA | “Segui”// Nena revela mais uma canção que fará parte do seu álbum de estreia “Ao Fundo Da Rua”, que tem edição física e digital agendada para 18 de novembro. O tema chama-se “Segui” e já se encontra disponível digitalmente. “Ao Fundo Da Rua” é o título do primeiro registo de originais da cantora e compositora, inclui dez canções da sua autoria (letra e música) e contou com a produção de João Só e Ricardo Ferreira. Do alinhamento fazem parte canções como o Tripla Platina “Portas do Sol” e os temas “Do Meu Ao Teu Correio”, “Passo A Passo” e “Segui”, entre muitos outros inéditos. NENA esteve recentemente em grande destaque em Times Square, Nova Iorque, ao ser a artista embaixadora “EQUAL” do mês de outubro.
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ANDRÉ DUARTE | “Tu Não Vês”// “Tu Não Vês” é o novo single de André Duarte já disponível nas plataformas digitais. Depois dos singles “Promessas e Meu Lugar”, também editados este ano, chega-nos agora “Tu Não Vês”, um tema que segundo André Duarte” «fala-nos do desejo por alguém que nos faz mal. Racionalmente sabemos que nos devemos afastar da outra pessoa, mas emocionalmente somos continuamente atraídos para ela. Esta dualidade de querer sem querer gera uma enorme tensão interna e é aí que assenta o tema Tu Não Vês”. Uma situação que acontece desde que existem relações humanas, infelizmente, mas que, segundo André Duarte, as novas gerações estão mais capacitadas “sem dúvida. As novas gerações estão cada vez mais cientes da necessidade do amor próprio, de cuidarmos de nós em primeiro lugar para podermos dar o melhor de nós aos outros. Penso que isto oferece uma perspetiva mais saudável do que uma relação deve ser. A relação deve adicionar positivamente a algo que já era bom. Nunca devemos depender de uma relação para atingir a felicidade e uma resolução pessoal porque nesse momento estamos a criar dependência da relação e deixamos que esta se sobreponha à nossa própria identidade”. O vídeo que acompanha este single é bastante forte em termos de fotografia e do que nos quer dizer. Não de uma forma frontal, mas também não subtil. Perguntamos a André Duarte o que o levou a pensar nesta ideia. O artista diz-nos que “queria passar a ideia da tensão que existe na dualidade do querer sem querer e mostrar de forma elevada o meio de comunicação mais impactante que temos enquanto Humanos – o Toque. O Toque é, sem dúvida, uma janela para a nossa vulnerabilidade. É no toque que nos expomos, que confiamos, que nos encontramos e descobrimos o outro. Livre de medos, de segundas intenções, de preconceitos – Toque.” No vídeo podemos ver pessoas de diferentes géneros, etnias assim como de diferentes tamanhos. André Duarte diz que “todos somos Humanos, não existe uma narrativa única. A única forma de representar o toque humano é representar todas as narrativas. Nunca vemos nos media a sensualidade e sexualidade representadas de forma ilustrativa da nossa sociedade“. No dia 16 de novembro, celebra-se em todo o mundo, o Dia Internacional para a Tolerância. André Duarte acha que um dia como este tem importância no sentido em que serve “para iniciar uma conversa saudável sobre o assunto e servir de lembrete aos meios de comunicação que devem falar sobre o mesmo. No entanto, tolerância não é só um dia por ano! Devemos respeito a todos os que nos rodeiam. Independentemente de tudo, somos todos Humanos, partilhamos todos a mesma essência”.
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[Nota: Todos os textos foram retirados dos comunicados enviados à redacção da Arte Sonora]