Viriatada 2022 #7: The Twist Connection, Bárbara Tinoco, Retimbrar, Bárbara Tinoco, Nowhere To Be Found, e Mais

25 Setembro, 2022

Aqui está mais uma ronda de Viriatada, o espaço que a AS dedica aos lançamentos da música portuguesa.

A música nacional merece ser partilhada. Existem novos lançamentos todos os dias, todas as semanas, todos os meses, e qualidade é coisa que não falta! A nossa rubrica Viriatada reúne alguns dos destaques da música portuguesa todas as semanas. Poupamos-te o trabalho, só tens de visitar a Arte Sonora, conhecer, ouvir e partilhar.

THE TWIST CONNECTION | “Anywhere But Here”// Nas palavras de Kaló “Anywhere But Here?” «surgiu perante o tempo que se foi vivendo durante dois anos de pandemia e que culmina com uma guerra. Há dias na vida do ser humano em que a expressão “em todo o lado menos aqui” nos assalta e nos faz mover montanhas e/ou contornar obstáculos. Todos travamos as nossas guerras pessoais e todos conhecemos lugares físicos (ou outros!) onde não queremos estar.» Tal como no álbum anterior, “Is That Real?”, os The Twist Connection não estiveram sozinhos na altura de gravar, Boz Boorer (Morrissey, Polecats, Bowie, …), Gregg Foreman (Delta 72, Cat Power, Alan Vega), Michael Purkhiser (The Action) deram-nos alguns contributos com saxofones, teclas e guitarras e o Miguel Padilha (Wipeout Beat) também contribuiu generosamente com uma linha de synth. “Anywhere But Here” foi gravado no Colectivo Criativo Studios com o produtor Márcio Silva. Kaló diz-nos que a ideia foi «soarmos a 2022 mantendo a nossa identidade e tudo o que nos influencia: neste caso o rock’n’roll e os seus componentes.» 

BÁRBARA TINOCO – “Chamada não atendida”// Bárbara Tinoco revelou aos fãs o single que antecipa o novo álbum de originais. “Chamada não atendida” tem letra de Tinoco, música da própria e de Charlie Beats, responsável igualmente pela produção, a cantora e compositora volta a surpreender com mais uma canção profunda e íntima, à qual tem vindo a habituar o público desde o seu primeiro lançamento. «Sabem quando chegam a casa e têm a casa toda desarrumada? Cansados lá pegam e arrumam tudo. Sabem a sensação de quando finalmente acabam? Foi o que eu senti quando acabei de escrever esta canção. Foi terapêutico. Foi como arrumar a casa», explica Bárbara Tinoco. A artista reforça ainda nas suas próprias palavras que «às vezes nós queremos muito que uma relação resulte e amamos muito uma pessoa. Vamos sacrificando pequenas coisas em ‘nome do amor’. Um dia acordamos e já nem sabemos bem quem somos.» Ainda em 2022 a artista vai levar a palco um espetáculo desenhado por si, “As Canções que ninguém quis”, no qual contará com convidados de peso, entre eles Agir, Carolina Deslandes, Luísa Sobral e Miguel Araújo. A partilha das histórias e das canções não aceites, terá lugar no dia 06 de o Outubro, no Casino Estoril, e dia 14 de Outubro, no Casino da Póvoa. Bárbara Tinoco não fica por aqui e em 2023 enfrenta os dois maiores desafios da sua carreira — vai subir ao palco de duas mais imponentes salas de espetáculos nacionais. A 11 de Março a artista atua no Campo Pequeno e dia 25 do mesmo mês sobe ao palco da Super Bock Arena.

JOÃO SÓ E CAROLINA DE DEUS – “Volta que eu aguento”// João Só, cantor, compositor e produtor, prepara para 2022 uma série de duetos com vozes femininas. “Volta que eu aguento” é o segundo single ao lado da incrível voz de Carolina de Deus, tema que sucede a “Eu Não”, em dueto com Bárbara Tinoco. Ao vivo vai ser possível conhecer estas duas canções, assim como as próximas a serem reveladas em dois concertos especiais agendados para 17 de Novembro, no Salão Atlântico, no Casino Espinho, e 23 do mesmo mês, no Salão Preto e Prata, no Casino Estoril. Serão dois espetáculos especiais ao lado de algumas das mulheres que mais o inspiram no mundo da música. Bárbara Tinoco, Nena, Carolina de Deus, Joana Almeirante e Ana Mariano são as vozes femininas que se juntam ao cantor, compositor e produtor em palco. Com o objetivo de homenagear as mulheres da sua vida, os talentos que o rodeiam e todas as outras em geral, num profundo agradecimento, João Só, editará o álbum de duetos durante o mês de outubro, ao mesmo tempo que os leva a palco em dois concertos especiais. João Só fala sobre este novo single e explica que «volta que eu aguento fala dos avanços e recuos de uma relação, e de certa forma é um apelo para olhar  para dentro, mergulhar no subconsciente até poder regressar em pleno. Mesmo quando estamos no mesmo quarto, na mesma casa ou na mesma vida, às vezes precisamos de sair e desligar para voltar descobrir com tempo, todo o tempo, os mundos e os caminhos todos que existem na nossa cabeça e no nosso coração.»

JOÃO BORSCH – “Pólvora!”// João Borsch está de volta aos originais e surge agora com o single “Pólvora!”, primeira amostra do novo longa-duração que verá a luz do dia em 2023. Depois da sua estreia nas edições em 2021 com o ambicioso “Uma Noite Romântica com João Borsch”, casa de singles como “Boca Cheia” ou “Madrugada”, o cantor e multi-instrumentista madeirense, volta a surpreender impulsionado pela excentricidade e por um ecletismo inabalável. João Borsch escreve e produz canções que emanam tanto de revivalista como de megalómano, num pasodoble entre a sensibilidade pop e um entusiasmo inexorável de se reinventar e de se movimentar. Quando estas canções foram escritas, foram-no em bold. Nas suas próprias palavras, este single «representa um salto há muito predestinado para o pop mais orelhudo e estrondoso, com toda a intensidade e ímpeto da música eletrónica para a pista de dança, ambos estilos que me fascinam pela sua visceralidade e escrúpulo na sua concepção. Acredito que é um single que contagia de imediato, seduz com provocação e se desnuda em sucessivas audições.»

NOWHERE TO BE FOUND – “Hell Must Be Empty”// Gravado no estúdio da banda na Ericeira, “Hell Must Be Empty” apresenta uma sonoridade mais madura e pesada, o pleno assumir de uma identidade que os coloca na rota da nova vaga de metal que nos chega do UK e dos EUA pela mão de bandas como Architects, Bring Me The Horizon, Bad Omens ou I Prevail. “Hell Must Be Empty”, acompanhado de um vídeo em que endereça sem rodeios alguns dos temas mais prementes da atualidade: autocracia, abuso de poder, falta de compaixão.  O lançamento vai ser acompanhado de giveaways e passatempos nas redes sociais da banda, tanto de merchandise como gear de vários sponsors.

DITCH DAYS – “Blossom”// Depois de uma fornada de singles de sucesso, concertos internacionais e colaborações com outras artistas, os Ditch Days estão de volta com o seu trabalho mais maduro até à data. Nove canções pop gourmet compõem “Blossom”, o segundo registo  de estúdio, onde o crescimento da banda é notório, desde a escrita de canções à performance e produção. Composto entre os Açores, Portugal e Suíça e gravado nos estúdios da Pontiaq com produção conjunta da banda e Miguel Vilhena (Castilho, Jasmim, Savanna), o segundo álbum viaja entre o groove mais intimista e o psicadelismo doce, revelando ecos de TOPS, Parcels, Melody’s Echo Chamber ou Toro y Moi. Aspectos  presentes nos singles Private Eyes, Clementine, Space Between Everything e, mais recentemente, Familiar Faces e que se consolidam agora no conjunto de canções disponíveis nas plataformas digitais e no bandcamp da banda. Contando com refrões francófonos, harmonias vocais reminescentes de Lennon-McCartney e hooks orelhudos que bebem da pop dos 80s, este longa-duração deixa para trás o imaginário teen californiano e soalheiro do primeiro álbum “Liquid Springs”, apresentando agora uma banda que procura crescer além dos rótulos indie e confirmar as expectativas criadas pelo reconhecimento internacional do single “Seth Rogen”. Blossomé apresentado ao vivo no próximo dia 4 de Outubro, no Musicbox. Os bilhetes estão à venda e disponíveis aqui.

DAXUVA – “Punk Selva// O disco “Punk Selva”, do produtor português DAXUVA faz um apelo à necessidade de fazer pontes entre culturas, de abraçarmos as diferenças e com elas criarmos novas linguagens. Os instrumentais trazem nuvens de trip hop, raios eletrónicos e uma bússola a apontar para a Natureza. O álbum conta com vários artistas de todo o Mundo: Davide Lobão, Jam da Silva, Itaya, Carla Muzag, Khali, Lizandra, Luca Argel, Masanari Harada, Emmy Curl e Nina Miranda. Depois da estreia com o primeiro disco “Le Jardin” com a fabulosa e intemporal Nina Miranda, “Punk Selva” mostra-nos que o Jardim criado pelo DAXUVA transformou-se numa Selva, uma punk selva e que mais uma vez promete desafiar. Com uma audiência vasta, eclética e livre de etiquetas ,o novo trabalho do artista português promete merecer a curiosidade por todo o globo e aplausos espalhados por quem continua atento e irrequieto.

ELA MAR – The Boy I Used to Know // Ela Mar é o alter-ego artístico de Daniela Martins, uma jovem cantora e compositora nascida em Londres, com família portuguesa. Nas suas palavras «Portugal foi sempre o lugar que considero a minha casa, e onde eu me sinto feliz!» Nascida a 20 de Novembro de 2001, estudou em Inglaterra e desde pequena mostrou particular aptidão para a música e para a escrita de canções «quando era pequena, na minha casa, todos os dias havia música a tocar e eu cantava e dançava. Especialmente com o meu pai, por isso sempre gostei de música», explica-nos Ela Mar. Este gosto pela música fez com que integrasse o coro da escola feminina “Notre Dame”. Entretanto, formou-se em Gestão. Durante três anos teve aulas particulares de técnica vocal e interpretação com Zé Manel, vocalista dos Fingertips. Perguntamos a Ela Mar como surgiu este contacto com Zé Manel. A artista rapidamente nos conta que «conheci o Zé Manel porque os meus padrinhos conhecem a mãe dele. O meu padrinho contou-me que ele dava aulas de canto e foi assim que decidi enviar-lhe uma mensagem. Não conhecia os Fingertips mas quando fui ouvir a música deles apercebi-me  que sabia duas canções,  a Picture of My Own e Cause to Love You, porque via a série Morangos com Açucar!» “The Boy I Used to Know” é o seu primeiro single com a co-autoria de Zé Manel. O tema é produzido por Beatoven e fala sobre a distância entre uma mentira perfeita e um horizonte entristecido. O videoclipe foi realizado por Afonso Ponto. 

RETIMBRAR – “Levantar do Chão”// O segundo disco dos Retimbrar, “Levantar do Chão”, conta com a participação de mais de 80 pessoas e reúne temas aprendidos e/ou criados ao longo de uma década, um percurso de colaborações com músicos ligados às tradições musicais portuguesas, grupos de Zés Pereiras e Ranchos Folclóricos. Produzido por Quico Serrano, “Levantar do Chão” é composto por 12 temas, entre os quais estão os singles “Coisas da Minha Terra”, “Vai de Centro ao Centro”, “Vai Não Vai” e “Maçãzinha” com Úxia, e conta com a colaboração dos coros do Grupo Folclórico Tradições do Baixo Douro, do Rancho Folclórico Stª Eufémia de Pé de Moura, do Rancho Folclórico As Padeirinhas de Ul e do Grupo Folclórico Tradições do Baixo Douro; de Miguel Arruda na guitarra clássica; das vozes de Uxía e Rifo; de António Cardoso na voz e guitarra portuguesa; de Ricardo Coelho na gaita de foles; de Igor Ferreira no violino; dos Mareantes do Rio Douro na percussão; de Marta Pereira da Costa na guitarra portuguesa; e da Equipa Espiral na percussão. Seis anos depois da estreia com “Voa Pé”, “Levantar do Chão” marca o regresso às edições do colectivo do Porto composto por António Serginho (teclado, cavaquinho, percussão), Afonso Passos (percussão), André Nunes e Andrés ‘Pancho’ Tarabbia (percussão), Daniela Leite Castro (violino, flauta, voz), Jorge Loura (guitarra elétrica, voz), Miguel Ramos (baixo elétrico, voz), Sara Yasmine (voz, cavaquinho, percussão) e Tiago Manuel Soares (percussão). Dizem que fazem percussionismo nortuense. Partem de uma variedade ritmos  e de instrumentos de percussão tradicionais portugueses, para dar voz e corda às palavras – entre a rua e os palcos, oficinas e concertos. E se, «do chão sabemos que se levantam as searas e as árvores, levantam-se os animais que correm os campos ou voam por cima deles, levantam-se os homens e as suas esperanças. Também do chão pode levantar-se um livro, como uma espiga de trigo ou uma flor brava. Ou uma ave. Ou uma bandeira» – como escreve José Saramago, no posfácio de “Levantado do Chão” – os Retimbrar acrescentam que também do chão pode levantar-se um disco, referindo-se ao mais recente trabalho.

EXTRAZEN – “I Think I Think Too Much”// “I Think I Think Too Much” é o título da nova etapa da tranquila caminhada de Extrazen, artista total – compositor e letrista, cantor, rapper e produtor – ainda na porta de entrada dos 20s e que na vida “civil” assina Francisco Andrade.
Escutando o material deste novo EP, que se estende por seis generosas faixas é fácil esquecer que a tal caminhada de Extrazen começou apenas em 2015, quando ainda gravava vozes dentro de um armário usando apenas um iPad, descobrindo a pulso os segredos e as nuances dessa difusa arte de colar palavras e melodias, batidas e instrumentos até se formarem as canções que não nos largam os ouvidos.
Pelo caminho colaborou com artistas como Yanagui ou Left e foi descobrindo a sua própria voz que se entrega com idêntico empenho ao inglês ou ao português, já que o seu mundo – o da arte das canções – não tem quaisquer fronteiras. O novo EP de Extrazen será apresentado no Plano B, no Porto, dia 7 de Outubro. Os bilhetes já estão à venda em shotgun.live e têm o custo de 7,5€.

FRANCISCO SALES – “Grito No Silêncio”// “Grito No Silêncio” é a expressão que corta, o ato que interrompe, o alerta que nos acorda. Francisco Sales oferece o seu virtuoso “guitarrismo” como a tela que Beatriz Nunes e Pedro Pires usam para pintar com as suas vozes um poético e abstrato quadro em que cada um de nós poderá ver o que as suas emoções ditarem. Este é o novo single de “Fogo na Água”, álbum com que o músico e compositor Francisco Sales assinala nova fase na sua carreira. 

JOÃO ELEUTÉRIO – “Não Sei Escrever Canções de Amor”// A pandemia fechou o João Eleutério em casa com os seus três filhos. Está mais que batida esta narrativa, mas foi o pretexto para dar batida ao primeiro disco a solo do João, “Não Sei Escrever Canções de Amor”, que lança agora no ano em que completa os 40 anos. O homem que deu estúdio a metade da FlorCaveira, atira-se a ele da forma menos comercial que pode. João Eleutério é músico, produtor, técnico de som e desde cedo integrou várias bandas como Guel, Guillul e o Comboio Fantasma, Self-Polluted Noise e BCN. Em 2003, juntamente com Paulo Abelho e Pedro Oliveira forma os Cindy Kat. Em 2014 forma a banda Torpe e a actualmente é músico de Rodrigo Leão (desde 2011), d’Os Lacraus, d’Os Punhais e dos Novos Americanos. Em Setembro de 2022 lançou o seu primeiro disco a solo “Não Sei Escrever Canções de Amor” pela FlorCaveira.

MARTA LIMA – “No Mesmo Instante”// O fiel retrato do caminho da vida de Marta Lima surge pela primeira vez eternizado na sua canção. “No Mesmo Instante” assume-se não só como single de estreia do EP que decerto sucederá, como da carreira que promete prosseguir. A nostalgia do vivido, motivada pela ausência de presente, levaram Marta Lima à escrita de canções sinceras, com a devida importância ao detalhe e à mensagem que pretende transmitir. “No Mesmo Instante” aborda a diferença emocional de momentos, entre a intensidade do tão breve vivido e do nefasto brilho que o presente vislumbra.  Misturado por João Ornelas e masterizado por John Ruberto, conta ainda com a produção do músico terceirense Cristóvam e da prestação musical do baterista Francisco Santos, da teclista Maria Carvalho, do baixista Vasco Trindade e do guitarrista Afonso Lima. A ambição de Marta Lima em conferir ao pop português uma nova visão, com pequenas incursões pelas cores e ambientes do jazz e do indie, levou a que no início do ano de 2020 iniciasse a escrita de canções delicadas, denotando um claro cuidado pela harmonia entre a palavra e a música. Em fevereiro de 2022, inicia o trabalho em estúdio, desaguando no nascimento do seu primeiro EP, com previsão de lançamento para o início do ano de 2023.

IOLANDA – “Cura”// Após a sua estreia com “Cura”, a cantora e compositora portuguesa iolanda apresenta-nos o seu mais recente single “Lugar Certo”, onde explora uma fase mais escura da relação que tem vindo a narrar desde o primeiro single. Batidas poderosas, ricas em elementos electrónicos e suavizadas por harmonias vocais, levam o ouvinte por um caminho mais sombrio. Lugar Certo fala-nos sobre a distância que por vezes surge numa relação e a angústia de não saber voltar a esse lugar, que é perto de quem amamos – «É um pedido de ajuda para conseguir voltar ao lugar onde sempre quis estar», refere a cantora. É em cada verso que iolanda nos envolve na intensidade e importância desse lugar – «Diz-me se é para sempre ou, por vezes, pensas no tempo em que andávamos sempre os dois. Onde estás?». “Lugar Certo” conta assim com letra de iolanda e produção de LEFT., nos Great Dane Studios, e é acompanhado por um videoclipe intenso que explora a vulnerabilidade da cantora, dos seus sentimentos e angústias, com direção de Maria Beatriz Castelo.

ANDRÉ MARQUES – “Piano’s Nightmare”// “Nightmares” é o primeiro álbum que André Marques irá editar e «foi bastante inspirado pela minha paixão pelo cinema e por bandas-sonoras, onde tentei juntar o instrumento musical que mais me consegue envolver e arrepiar, o piano, com a tensão e a dinâmica que o som e as bandas-sonoras têm no género de terror/drama.» Será lançado nas plataformas de streaming no dia 14 de Outubro. A primeira música deste álbum, “Piano’s Nightmare“, é o instrumental que dá mote a este álbum instrumental e cinematográfico.

JOEL FAUSTO & ILLUSION ORCHESTRA – “Deus é Cego!”// “Deus é Cego!” é o título do novo álbum de Joel Fausto & Illusion Orchestra que mergulha numa sonoridade soturna dentro do Jazz mais lento e negro, que já nos tem vindo a apresentar ao longo dos anos. Desta vez, surpreende com a novidade de ser o primeiro disco em português. Com fortes influências de bandas como Bohren & Der Club Of Gore ou The Kilimanjaro Darkjazz Ensemble, assenta numa negritude acompanhada por harmonias de saxofones e coros fantasmagóricos com uma versão surpreendente de ‘Acordai’, composição imaculada de Fernando Lopes-Graça. Segue já disponível o primeiro single com o nome “Negrume”. “Deus é Cego!” será editado digitalmente pela Slowdriver Records dia 16 de Outubro e, em Vinil, em meados de Novembro/Dezembro de 2022.

LOBO MAU – “3 segundos de nada”// Lobo Mau é a banda de David Jacinto, Gonçalo Ferreira e Lília Esteves. Depois de colaborarem na mítica banda TvRural, uniram-se na criação do universo sonoro das canções que nascem da sua partilha artística, enquanto músicos, autores, compositores, intérpretes e produtores. Depois de “Na Casa Dele” (LP, 2020) e “Vinha a Cantar” (EP, 2021), a banda prepara-se para apresentar o seu mais recente trabalho de originais. São 9 canções que nos transportam para o universo folk/rock português, tão característico da banda, em comunhão com o resultado da experimentação de novas texturas sonoras, como vem sendo habitual na composição do trio lisboeta e na personalidade sonora do lobo. À linguagem melódica e lírica que nasce da comunhão criativa dos 3 autores, compositores e músicos de Lobo Mau, juntam-se nestas canções a ousadia da electrónica, o arrojo dos trompetes e dos kazoos, e a insistência da caminhada no ritmo das peles, das cordas e das teclas que acompanham a génese das canções – a guitarra e as duas vozes. Agarrado ao mundo, o lobo continua a sua perpétua caminhada e contempla, reflecte, transforma-se e uiva por trilhos sinuosos e desconhecidos, mas aos quais pertence. Com a contribuição dos músicos João Pinheiro na bateria, David Santos no baixo, Jorge Machado na percussão e electrónica, João Gil nas teclas e Moisés Fernandes no trompete, este álbum é a afirmação poética e musical que se segue no percurso da banda.

TIAGO VILHENA – “Canções Mundanas”// Canções Mundanas” é um conjunto de músicas que foram compostas e executadas por Tiago Vilhena que, ao sabor da corrente, toma um rumo folclórico e alternativo revelando uma personalidade de cantautor. É o segundo álbum de Tiago Vilhena em nome próprio, terceiro álbum a solo contando com o seu passado como George Marvinson. Durante os últimos 2 anos aproveitou o isolamento para compor todas as músicas que conseguisse e o álbum que sairá dia 7 de Outubro é o resultado disso. Com influências demasiado variadas para justificar serem referidas, cria uma atmosfera sem nação, ainda que petisque costumes portugueses. Em 8 temas, fala-se de vontades, delírios, frustrações, ambições, paixões e personalidades. Nestas, emanando uma aura colorida, o artista convida-nos a aligeirar os problemas e a agradecer os sucessos sem que nos tenhamos de tornar despreocupados pelo que requer dedicação. A vida é uma construção e assim é a música também. Mais uma vez, e como é comum com o artista, houve uma reinvenção da sua essência musical. Tiago Vilhena apresenta-se desta vez com músicas divertidas, esperançosas, coloridas e que dão vontade de dançar. O ritmo é a chave das novas canções e a boa disposição é nítida e contagiante. Tiago Vilhena é um músico português, vive em Lisboa e foi parte de projetos como Savanna e George Marvinson. Hoje apresenta-se com o nome Tiago Vilhena e canta na sua língua de nascença.

[Nota: Todos os textos foram retirados dos comunicados enviados à redacção da Arte Sonora]

Previous Story

Fotoreportagem: Michael Kiwanuka Deslumbra Plateia do Campo Pequeno

Next Story

Robbie Williams Comemora 25 Anos A Solo Com Concerto em Portugal

Go toTop