Aqui está mais uma ronda de Viriatada, o espaço que a AS dedica aos lançamentos da música portuguesa.
A música nacional merece ser partilhada. Existem novos lançamentos todos os dias, todas as semanas, todos os meses, e qualidade é coisa que não falta! A nossa rubrica Viriatada reúne alguns dos destaques da música portuguesa todas as semanas. Poupamos-te o trabalho, só tens de visitar a Arte Sonora, conhecer, ouvir e partilhar.
MIGUEL ARAÚJO | “Karma Kamikaze”// “Karma Kamikaze” é o quinto single extraído do último álbum de originais “Chá Lá Lá”. Aquela que é a sexta faixa do disco a contar com videoclipe oficial no YouTube do artista e dia 21 chega a todas as plataformas de streaming. Miguel Araújo explica que «Karma Kamikaze é uma canção sobre uma possível maneira de estar perante as redes sociais, perante tantas, perante todas as possíveis. Foi a que eu escolhi para mim, desde que o mundo nos apresentou esta hipótese tão recente, a de estarmos todos em contacto uns com os outros. A Madre Teresa de Calcutá disse uma vez: “perguntaram-me porque nunca participo em demonstrações anti-guerra. Eu respondi que nunca faria isso, mas assim que organizarem um movimento pró-paz, lá estarei.» Depois dos singles de sucesso “Talvez se eu Dançasse”, “Dia da Procissão, “Chama Por mim” e “Dança de um dia normal”, Miguel Araújo revela agora um novo teledisco, com realização de André Tentúgal. A ideia para este vídeo surgiu para o artista de forma muito clara, no qual, através de uma forte metáfora, consegue mostrar que apesar da grande conexão possível através das redes sociais, existe mais vida para além dos casulos digitais, o qual não é o habitat natural do ser humano.
★
MAFALDA VEIGA | “Óscar”// Mafalda Veiga, uma das mais importantes e reconhecidas cantoras e compositoras portuguesas, está de regresso às edições com “Óscar”, novo single e vídeo que antecipa a edição do seu próximo EP. A canção conta a história de Óscar, um jovem sonhador que adora cinema e viaja pela cidade de autocarro ou a pé à chuva, entre as suas aulas de karaté e ballet. Cruzando a cidade, ele sonha em tornar-se um artista como Marlon Brando, Nureyev ou Gene Kelly, alguns dos seus heróis. Quer “gostar do inverno” e “dançar à chuva”, “saber falar de amor” e “cantar como o Nat King Cole”, aprender tango e “ouvir Chopin, enquanto come um croissant”. “Óscar” gosta quando a vida lhe aparece desmedida, quando o apanha na avenida, e entre um beijo e um bitaite tudo pode acontecer. O som orgânico da guitarra de Mafalda Veiga com uma abordagem eletrónica transporta-nos para um ambiente descontraído, feliz e com esperança. O vídeo cruza referências da música e do cinema com a cidade de Lisboa, tendo sido realizado por André Tentugal. O novo single conta com letra e música de Mafalda Veiga, acompanhada por António Vasconcelos Dias na guitarra elétrica, acústica e piano, David Santos no baixo, Miguel Casais na bateria e Manuel Oliveira no Hammond. A produção esteve a cargo de Agir, Nelson Carvalho e da própria Mafalda Veiga.
★
SYRO | “Sin Perdón“// O novo tema de SYRO intitula-se “Sin Perdón” e conta com a participação do artista espanhol Polo Nandez. O tema faz parte da Deluxe Edition de “Genesis”, o álbum de estreia de SYRO, que será disponibilizado em formato físico (VINIL) e digital a 4 de Novembro. Para além de Sin Perdón”, esta nova edição especial de “Genesis” inclui mais dois temas inéditos, remisturas do tema “Lágrimas”, a canção “Ainda nos Temos”, para além dos êxitos “Perto de Mim”, “Acordar”, “Casa” e “Rio d’Água” feat. Gisela João.
★
MADALENA NASCIMENTO | “Falsa Poesia”// “Falsa Poesia” é o novo single de Madalena Nascimento já disponível nas plataformas digitais. Mas, de que nos fala este Falsa Poesia? Madalena Nascimento diz-nos que «fala sobre estar apaixonada por alguém e essa paixão não ser partilhada. Representa, basicamente, as falsas esperanças que as pessoas nos dão e a forma como é tão fácil cairmos nelas quando gostamos de alguém». É este um tema autobiográfico? Madalena Nascimento responde-nos que «a canção representa o pior lado de estar apaixonada, que é quando nos diminuímos e nos regemos a situações e a pessoas que não nos tratam da melhor forma, que não nos respeitam e não nos honram. E acaba também por ser uma autocrítica a um comportamento prolongado e permitido por mim própria». “Falsa Poesia”, nasceu de um imprevisto numa situação banal como nos explica Madalena Nascimento «lembro-me perfeitamente do momento em que a escrevi, foi em Abril do ano passado. Tinha acabado de chegar a casa e fiquei no carro a ouvir música, como usualmente o faço, até que encontrei um instrumental que descrevia tudo o que eu estava a sentir na altura. Depois comecei a trabalhar na falsa poesia em estúdio em Agosto e desde aí que já sofreu várias alterações até ao produto final». A produção é da autoria do Tayob Juskow e a música foi gravada no estúdio Noiz.
★
DIOGO PICÃO | “Palavras Caras“// «Colorido, alegre, sério, profundo, divertido.» Estas podem ser algumas das palavras que descrevem o novo trabalho do cantautor Diogo Picão: “Palavras Caras” Caras de estimativas, caras de custosas, caras da vintena de músicos que o gravaram sob a influência da cosmopolita Lisboa. Dez temas que viajam pelos portos do Atlântico, misturando Samba, Jazz, Son Cubano e outros. Neste álbum participam, também, com suas vozes marcantes: Salvador Sobral, Mônica Salmaso e Luca Argel. Carinhoso, reflexivo, divertido, incisivo, é um trabalho com palavras extraídas das próprias vivências e memórias e outras emprestadas de autores que admira, como Fernando Pessoa e Paulo Lemniski. Depois de seu álbum de estreia, “Cidade Saloia” (2018), Diogo Picão apresenta “Palavras Caras” um disco de ouvido fácil, mas com linhas instrumentais ricas e vozes maravilhosas.
★
MONA LINDA | “sr. robado“// Mona Linda é o novo alter-ego de Edgar Correia, o vocalista de Conjunto Corona. Mona Linda é também uma pessoa que veio do espaço e por cá ficou, apaixonando-se pelos nossos costumes e pelo planeta Terra. No sobe e desce constante da vida, qual carquejeira obstinada, perdem-se carteiras, mas graças a Deus temos ar condicionado. “sr. robado” é o single de apresentação do álbum de estreia de Mona Linda, “leonardo”, que sai dia 21, em CD e nas plataformas digitais habituais, pela Biruta Records, mas já está em pré-venda no Bandcamp da editora. 15% das receitas geradas pelo álbum revertem para a Associação ENCONTRAR+SE, IPSS sem fins lucrativos que promove a saúde mental e a desmistificação dos seus estigmas.
★
MARIA MENDES | “Saudade, Colour of Love“// “Saudade, Colour of Love”, o quarto trabalho da cantora Maria Mendes, gravado ao vivo em Amesterdão com a Metropole Orkest dirigida por John Beasley, Challenge Records e apresenta novos arranjos orquestrais das canções “Close To Me”. A vocalista portuguesa Maria Mendes, natural do Porto, regressa com a sua mistura espirituosa de jazz sinfónico e fado ao vivo com John Beasley e a Metropole Orkest neste novo álbum. Nascida em Portugal e baseada na última década e meia na Holanda, a vocalista e compositora Maria Mendes não é estranha a viver entre dois mundos diferentes. Com o seu álbum “Close To Me”, muito aclamado pela crítica em 2019, cujos elogios têm sido manifestados por compositores tão lendários como Quincy Jones e Hermeto Pascoal, a cantora destaca-se na sua capacidade de reunir vastas e diversas influências de uma forma tão espantosa com a sua vibrante fusão de jazz sinfónico e fado português, a música da sua terra natal. Longe de ter esgotado as possibilidades desse projecto, Maria Mendes traz a sua visão singular num espetáculo ao vivo em colaboração com o mestre pianista/arranjador John Beasley. Neste registo ela expande ainda mais a intensidade emocional do som do seu trabalho antecessor, com o apoio de uma grande orquestra. O exuberante e aveludado som sinfónico “cria faíscas” quando se encontra com a estimulante interacção do brilhante quarteto de Mendes e os vocais fervorosos da própria cantora, resultando num encontro inesquecível e mágico.
★
PALMERS | “Seasonal Affective Disorder“// “Seasonal Affective Disorder” promete energia e cataclismos, combinados com momentos de introspeção e euforia. Com breves referências aos sons primordiais da banda, culmina em experiências antagônicas que atualmente a representam. Gravado entre 2021 e 2022, no estúdio da banda, a fórmula baseou-se em romper com cânones pré-concebidos e evoluir para uma sonoridade complexa e variada. Palmers arriscam através de riffs rasgados e vozes pujantes onde ecoam também sintetizadores dissonantes. Junta-se a batida pulsante e o baixo assertivo para completar esta viagem. “Seasonal Affective Disorder” é um tipo de depressão relacionada com as mudanças de estação. Esse tornou-se o mote para este álbum, em que a escrita e composição foram terapia para superar adversidades pessoais. O álbum está disponível a partir de 11 de Novembro e está a decorrer um crowdfunding para a edição do álbum em vinil.
★
T3D BUNNY | “J.O.T.A.“// T3d Bunny (Ted Bunny), é uma entidade artística que surgiu em 2020, em plena pandemia, sob o formato de A.R.G. Começou a sua epopeia musical com o tema “Electro Nana” em 2021, tendo já lançado 3 Singles, 2 EPs e um álbum de 11 faixas. Sediado em Lisboa, Portugal, o artista não se detém na música para expressar a visão do mundo que o rodeia, mas utiliza outros meios como Ilustração, Videoarte, Código, Foto-manipulação … e colabora anonimamente com outros artistas de várias disciplinas da criatividade.
Está presente uma forte componente de música electrónica e Eurodance, bem como synthwave, dark synth, Electro-punk, techno, etc … Podemos dizer que nomes como: Master Boot Record, Fartbarf, Mr. Oizo, Deadmaus, Aphex Twin, MSTRKRFT, Perturbator, SebAstian, SayMaxWell, Trey Frey, Driver86 e Acacia Carr são nomes que ele respeita muito. Não mostrar o seu rosto, vem de todos os problemas de um projecto marginal e interventivo, muitas vezes confundido como bot, muitas etiquetas, revistas, estações de rádio e espaços acabam por não lhe dar espaço para actuar ou exposição. Um dos objectivos do projecto é que o público o encontre e mergulhe nesta toca de coelho de código, arte, melodias e ritmos, e descodifique cada peça que coloca à disposição do público em todas as plataformas de streaming e redes sociais. O novo single “J.O.T.A. (Just Open The Audio)” tem a colaboração de Luiz Loureiro Ferreira, um artista 2D de Pernambuco, Brasil, que fez o trabalho artístico para a imagem do single, após encontrar o projecto online e apaixonar-se pela filosofia da liberdade criativa que tenta transmitir. O single é também acompanhado por um vídeo musical, co-produzido pelo jovem realizador Tiago Gameiro e Márcia Gonçalves. T3d Bunny contou também com a participação da artista austríaca Indie Folk Verena Bachinger, que aparece como actriz no vídeo. A melhor maneira de ajudar T3d Bunny é ouvir, seguir o projecto nas redes e, claro, partilhar a sua música. Quanto mais coelhinhos dentro da toca, mais túneis se abrirão, e maior será o fluxo musical, assim como a colecção de novos coelhinhos nesta família.
★
SURMA | “ISLET“// Depois de 5 anos, mais de 250 concertos em 18 países, e inúmeros projectos paralelos – que vão de bandas-sonoras, música para bebés, para teatro, para dança ou colaborações com outros músicos – Surma anuncia finalmente o segundo disco de originais. “alla” é o nome do novo trabalho da prolífica compositora, intérprete, produtora e performer – uma das mais originais e intensas que Portugal viu crescer nos últimos anos – que sucede ao aclamado disco de estreia “Antwerpen”, de 2017. O primeiro single de avanço “ISLET”, onde continua a mostrar a intensidade, singularidade e ecletismo de que é feita mas agora de uma forma mais pessoal e transparente. Em “ISLET”, Surma arrisca traduzir as experiências menos boas vividas durante o seu período de formação. Um legado tão marcante que a levou a cantá-lo como que a expiar toda a carga negativa, celebrando o impulso e a certeza que sempre teve em assumir a sua identidade. A acompanhar o tema chega também o surpreendente vídeo, uma grande produção realizada mais uma vez em colaboração com a CASOTA Collective. Nele, a artista cristaliza a ode à auto-determinação, recorrendo às referências artísticas e cinematográficas que a ajudaram a superar os obstáculos, as mesmas que acabaram também por ser a base para muita da sua construção pessoal e artística. São 6 minutos de um gentil mergulho no seu cosmos sonoro e visual único, pleno de paisagens fonéticas e geográficas por explorar, qual raio de esperança e força universal para quem viva ou tenha vivido estas dificuldades. É exactamente para todos e todas que se descobrem mais ou menos desalinhad_s com as normas e estereótipos impostos colectivamente que Surma, a partir das suas próprias vivências, pensou o novo disco. Uma viagem autobiográfica que pode bem ser a de tantos e tantas. Com edição prevista para 4 de Novembro, com selo da sua casa de sempre, a Omnichord Records, “alla” é o novo disco que vai continuar a catalogar de incatalogável o trabalho de uma artista ímpar.
★
MUANA – “Um Monge na Cidade”// Muana em dialeto Xisena – umas das muitas línguas nativas de Moçambique – quer dizer o mais novo. Neste caso, o mais novo de 4 irmãos. Nascido em Moçambique na cidade da Beira em 1967, filho de uma professora primária e de um empresário madeirense, o músico viveu até aos 4 anos numa pequena vila, literalmente, no meio da selva – Inhaminga. Depois de viver em Lourenço Marques, com 10 anos mudou-se definitivamente para Portugal. Aos 14 aprendeu a tocar guitarra através do irmão mais velho. Aos 16 anos teve a sua primeira experiência com bandas de garagem, seguindo-se uma segunda experiência com 18 anos. Em ambos os casos deu-se um rompimento abrupto com esses projetos, visto um e outro dedicarem-se apenas aos covers. «Já na altura o meu mundo era diferente, era o mundo da descoberta dos originais. Não há muitos exemplos de músicos a iniciarem a sua carreira com 54 anos e talvez seja este elemento, completamente fora da caixa, que faz toda a diferença. A música que crio atualmente é apenas a consequência lógica de toda a minha vivência.» “Um Monge Na Cidade” é o álbum de estreia de Muana.
★
ALIANÇA VELHA E LAU GOD DOG | “Nha Mãe“// Os Aliança Velha, grupo musical que chegou aos quartos de final do The Voice 2021, lançam o seu primeiro single com LAU GOD DOG, autor do álbum Meio Cão Meio Deus e de singles como Entre o Preto e o Branco. “Nha Mãe”, a música, é uma homenagem em jeito de celebração, que mistura os ritmos, a linguística e o jeito crioulos de cabo verde com a cultura musical portuguesa, enquanto o “meio rap” de LAU GOD DOG dança com as harmonias vocais tão próprias dos Aliança. O poder do refrão faz-se sentir na sua primeira aparição, mas demonstra-se na sua plenitude quando o instrumental desaparece gradualmente para ficarem, a sós com os seus ecos, as três vozes, que nos envolvem como o colo de uma mãe: nha mãe, nhã mãe, nha cretcheu…
★
NOW WE CAN TALK | “Interview with Yourself, Pt. 2“// Sob a influência de bandas de indie e rock alternativo do final dos anos 2000, os Now We Can Talk surgiram no Verão de 2020, em Évora, Portugal. Formado pelos membros Ronaldd Nascimento Felipe (vocal e guitarra) e Diogo Lapo (vocal e baixo), que se conheceram durante a licenciatura em música em Portugal. Os dois fizeram uma road trip pelo sul do país, onde compuseram as primeiras demos. Mais tarde, ao regressar para gravar o seu primeiro EP, os restantes membros Emanuel Rodrigues (sintetizadores e teclas) e Manuel Rico (bateria) foram convidados a integrar a banda. O primeiro EP da banda, ao qual este single faz parte, foi produzido, misturado e masterizado por Vitor Carraca Teixeira, produtor de pop, indie e rock, com incontáveis músicas a tocar na rádio com mais de milhões de reproduções.
LOBO MAU | “Agarrado ao Mundo”// O imaginário tangram que inspirou todo o design deste 3º álbum, é o mote para aquele que é o primeiro vídeoclip totalmente pensado, criado e produzido por David Jacinto, Gonçalo Ferreira e Lília Esteves, o trio de músicos que compõe a banda. Na sua génese, ele já foi pensado para ser um vídeo em stop motion e o resultado é uma sequência de imagens tangram que se manifestam, interagem e se desconstroem numa narrativa que nos pode transportar até ao âmago da circunstância de uma árvore ou a qualquer outra semente do nosso pensamento e imaginação à espera de romper a casca e crescer. São 9 canções, conectadas com as anteriores no seu jeito rock-folk alternativo português e na sua poética introspectiva que é também transversal a um sentir comum a todos nós, e que salientam as cumplicidades dos seus elementos de banda de uma forma ainda mais gritante. São eles os músicos, autores e compositores Gonçalo Ferreira, Lília Esteves e David Jacinto, membros da mítica banda TvRural. À linguagem melódica e lírica, juntam-se nestas canções a ousadia da electrónica, o arrojo dos trompetes e dos kazoos, e a insistência da caminhada no ritmo das peles, das cordas e das teclas que acompanham a génese das canções – a guitarra e as duas vozes. Com o contributo artístico e enriquecedor dos músicos João Pinheiro na bateria, David Santos no baixo, Moisés Fernandes no trompete, João Gil nas teclas e Jorge Machado (My Noisy Twins) na electrónica, “Agarrado ao Mundo” é um conjunto de canções que podem ser ouvidas como uma só, começando com a forte batida do primeiro single e terminando com a corrente de ar que nos eriça a pele depois de uma viagem que dura em nós, bem para além dos 1877 segundos do álbum. O melhor, mesmo, é agarrarmo-nos a ele. O design deste novo álbum resultou da comunhão criativa da banda com o ilustrador João Tiago, responsável pelo design dos álbuns anteriores de LOBO MAU, o engenheiro de som Renato Quaresma foi quem cuidou da finalização sonora das canções na mistura e masterização do álbum, e as fotografias promocionais que acompanham este novo trabalho são do fotógrafo Filipe Feio.
★
BELA GISELA | “Eterno Retorno”// “Eterno Retorno” é o single de avanço do segundo álbum do grupo com edição prevista para o primeiro trimestre de 2023. Escrito de um modo francamente introspectivo, a faixa é um nítido mergulho no nosso interior, um estado de reflexão que naturalmente se instala, o reviver do mito de Sísifo, o homem á procura de uma essência, a sua, face a um mundo cada vez mais desconexo e no entanto supostamente globalizado. “Eterno Retorno” vem com um videoclip algo inspirado e alusivo ao cabaret alemão dos anos 20, com uma atuação mais íntima da banda, num registo film noir, contrastando com imagens em reversão e assentes na figura do círculo, a ideia de regressar a um ponto de partida, funcionando como um “loop” de experiências e acontecimentos vividos que desaguam num suposto fim, meramente lusório, onde tudo volta a começar de novo. Os Bela Gisela são Tó Yoli (guitarrista), Miguel Gomes (letrista e vocalista), Duarte Carvalho (baterista) e Bruno Manz (baixista). Oriundos de projetos variados do Pop, do Punk, do Indie e até da eletrónica, juntaram-se em 2017. Aos poucos deram corpo a um universo criativo que inevitavelmente os levou a estúdio para gravar o primeiro álbum de titulo homónimo. Neste trabalho contaram com a experiência do produtor e engenheiro de som Steve Lyon, que já trabalhou com Depeche Mode, The Cure e Paul MC Cartney entre outros nomes.
[Nota: Todos os textos foram retirados dos comunicados enviados à redacção da Arte Sonora]