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Viriatada Março #3: PZ, Bruno Pernadas, David & Miguel, Elvira, Entre Outros

Viriatada Março #3: PZ, Bruno Pernadas, David & Miguel, Elvira, Entre Outros

Redacção

Mais uma semana, mais uma ronda de Viriatada, o espaço que a AS dedica aos lançamentos da música portuguesa.

A música nacional merece ser partilhada. Existem novos lançamentos todos os dias, todas as semanas, todos os meses, e qualidade é coisa que não falta! A nossa rubrica Viriatada reúne alguns dos destaques da música portuguesa todas as semanas. Poupamos-te o trabalho, só tens de visitar a Arte Sonora, conhecer, ouvir e partilhar.

PZ – “Em Paz Na Minha Guerra” // Depois de “Vão Ser Milhões“, lançado no primeiro confinamento, eis que PZ lança “Em Paz Na Minha Guerra”, abrindo caminho para a edição de um novo álbum de originais a ser editado em Abril. “Selfie-Destruction” vai suceder a “Do Outro Lado”, editado em 2019 pelo artista que vai trilhando o seu caminho pijamístico através do tempo. O vídeo de “Em Paz Na Minha Guerra” foi realizado pelo próprio PZ, em modo selfie, em mais uma das suas singulares performances caseiras. O tema já se encontra disponível nas plataformas digitais.

RICARDO AZEVEDO – “É Paixão” // O primeiro single do disco “Instinto de Sobrevivência”, de Ricardo Azevedo, intitula-se “É Paixão”. O tema retrata, segundo ao autor, «a perspectiva de uma pessoa apaixonada em ambiente pandémico, onde o sentimento é mais exacerbado devido às restrições e limitações impostas. O ser humano é social, de afectos e a pandemia veio alterar a forma como vivemos e nos ligamos. Apesar de todas as contrariedades nas nossas vidas, há coisas que nunca mudam. É simplesmente magia adaptada… É paixão!». “É Paixão” tem letra e música de Ricardo Azevedo.

WOLF X – “Zombies” // Wolf X assinou contrato com uma editora sediada em L.A., a Cleopatra Records, que edita artistas como Skold (Marilyn Manson), Ministry, Gary Human, Iggy Pop, entre outros. Depois de “Traffic” apresenta o single “Zombies”, o segundo avanço do álbum “Wish”, que será editado em 2021. O autor explica que este tema «retrata uma sociedade oprimida e manipulada pelos media e o início de um grande pesadelo que foi o aparecimento de um vírus desconhecido que mais tarde transformou-se no famoso coronavírus. É um grito de socorro e de esperança ao mesmo tempo. Uma dicotomia dos tempos de hoje».

BRUNO PERNADAS – “Theme Vision” // “Theme Vision” é o tema de avanço do próximo álbum de Bruno Pernadas, responsável pela composição, letra, arranjos e produção e que assina também a realização do videoclipe juntamente com Jep Jorba. Gravado no Verão de 2020, “Private Reasons” verá a luz do dia a 23 de Abril e a apresentação ao vivo está apontada para o dia 21 de Maio, na Culturgest, em Lisboa, num concerto já esgotado. Depois dos bem sucedidos “How Can We Be Joyful In A World Full Of Knowledge? (2014)” e “Those Who Throw Objects At The Crocodiles Will Be Asked To Retrieve Them” (2016), nos quais já tinha ficado bem exposta a miríade de ideias, recursos e linguagens que habitam a sua música, Bruno Pernadas está de regresso com “Private Reasons”, «uma declaração imensa e definitiva da arte pop do autor, onde mais uma vez somos convidados a viajar de alma cheia por um mundo de estilos musicais, geografias, imagens, vozes e espíritos, refazendo clássicos e vislumbrando o futuro, em que tudo parece construído com ambições de dimensão faraónica, querendo deixar um monumento no seu tempo, e no nosso».

DAVID & MIGUEL – “Inatel” // Aqui está o primeiro avanço do novo projecto de David Bruno e Mike El Nite. O novo álbum, “Palavras Cruzadas”, sai a 23 de Abril. A dupla David & Miguel diz que «está para a música como o queijo e a marmelada estão para a culinária: uma delícia pouco ortodoxa». E, depois do single “Interveniente Acidental”, 2021 traz-nos agora “INATEL”, que representa «o ritual de muitas famílias e casais do norte do país que arrancam em romaria para as águas quentes do Algarve». O vídeo mostra precisamente isso. Um casal que convidou um amigo e uma amiga para uns dias no INATEL de Albufeira, usufruindo de todos os luxos disponíveis nessa mítica solução de alojamento. Também a nível de produção, esta nova música traz novidades. Dada a proximidade física de ambos, agora baseados ambos, a norte, permitiu que o tema tivesse mais intervenção dos dois autores. “INATEL” é o tema «mais dinâmico do disco e engloba tudo o que a dupla queria representar: Romantismo, Lazer, Portugal e Nostalgia». Nas palavras de Mike El Nite, «o resultado final é uma espécie de Tina Turner, ao vivo, em Albufeira».

CELINA DA PIEDADE – “Ao Vivo Na Casinha” // Celina da Piedade está de regresso aos discos com “Celina da Piedade ao vivo na Casinha”, o quarto álbum da artista em nome próprio, que resulta do registo do concerto realizado no ano passado no Live a Casinha, em streaming para todo o mundo a partir do mítico estúdio dos Xutos & Pontapés, numa altura de grande incerteza e crise no sector da Cultura. «Contrariando as adversidades, este disco reflecte o poder da música de Celina da Piedade e a sua capacidade de nos transmitir uma energia luminosa e contagiante, com uma sonoridade folk inspirada no cancioneiro tradicional alentejano e em viagens a outras paragens». Com um total de 12 faixas, o disco conta com oito temas inéditos e quatro novas versões de temas marcantes no percurso da artista, como “Coradinha”, “As Cobrinhas d’água/ Tricot”, “Andorinha no ar andou”, “Valsa Almofariz”, “Laranja da China”, “Saia da Carolina”, entre outros.

ELVIRA – “Foi Sem Querer” // O novo single de Elvira faz parte da banda sonora da telenovela “A Serra”, em exibição na SIC, e é uma primeira amostra do disco que está a ser preparado nos Estúdios da Valentim de Carvalho, em Paço de Arcos, e que conta com a produção de Bruno Vasconcelos. «“Foi Sem Querer” é uma música que fala sobre amor e sobre liberdade. Fala sobre a urgência que devemos sentir sempre para encontrar felicidade, amor próprio, amor verdadeiro e reciprocidade. Por fim, fala que por muito que custe, nunca devemos permanecer numa relação na qual não queremos estar». Este é o segundo lançamento de Elvira desde que assumiu esta nova identidade, depois de se ter dado a conhecer ao público como Via e no projecto Paião.

UNSAFE SPACE GARDEN – “Split Screen Vision” // Os Unsafe Space Garden nasceram na Penha, a serra que acarinha a cidade de Guimarães, «e cantam o musgo e o absurdo». Isto porque, dizem, o caminho pelas Penhas do mundo faz-se sempre às gargalhadas: a arma neutralizadora de todos os males. «Vozes, cores, teatralidade são os três eixos a partir de onde se ergue a música» deste trio e o caminho que firmaram com dois discos já editados (“Bubble Burst” e “Guilty Measures”). Para 2021 preparam a edição de “Bro, You Got Something In Your Eye”, o terceiro de originais a sair com selo Discos de Platão, do qual se revela agora o primeiro single, “Split Screen Vision”, que tem «essa leveza característica da pop, mas a sobriedade de quem olha ao seu redor. Se o objectivo do Homem é a união, não serão as divisórias contraproducentes?», perguntam os USG.

ROGÉRIO CHARRAZ – “Um Dia No Coreto” // Já chegou o terceiro single do disco “O Coreto”, de Rogério Charraz, que já podes ouvir na integra em várias plataformas digitais. Com música de Rogério Charraz, letras de José Fialho Gouveia e produção de Luísa Sobral, “Um Dia No Coreto” é, segundo o autor, «a canção certa para assinalar a chegada da primavera, tempo em que a natureza começa a desconfinar dos meses de frio e as emoções fazem arrepiar mais a pele».

ANDRÉ AMARO – “Desajeitado” // André Amaro estreia o single “Desajeitado”, tema que antecede o seu primeiro álbum a solo, a ser lançado no primeiro semestre de 2021. Depois de ter apresentado “O Teu Lugar”, com letra e música de Diogo Piçarra, e “Deixa o Amor Vencer”, com composição da autoria de Boss AC, “Desajeitado” marca o percurso de André Amaro também como autor. «Este é um tema que conta o início de uma história de amor com avanços e recuos, onde nem tudo corre de forma perfeita, mas onde alguém se atreve a ultrapassar as inseguranças e, ainda que de forma desajeitada, a dizer: amo-te. André Amaro é uma das vozes mais versáteis e envolventes do momento e cuja interpretação vocal se destaca no panorama nacional actual. Prova disso é o seu álbum de estreia, que conta com a produção de Diogo Piçarra».

REI BRUXO – “Miragem” // Rei Bruxo é um projecto de rock progressivo que acaba de lançar um novo single chamado “Miragem”, com letras, electrónica e voz de Sofia Fernandes, guitarra e baixo de Ricardo Pinto e bateria de Marcelo Aires. O tema foi gravado por Ricardo Pinto nos RPM studios, excepto as baterias, captadas por Marcelo Aires. A mistura e masterização tem igualmente dedo de Ricardo Pinto.

MASCARENHAS-MARTINS – “Terrível Estado” // “Terrível Estado”, primeiro álbum de originais da Mascarenhas-Martins, já está disponível para escuta na íntegra. A Mascarenhas-Martins é uma estrutura de produção artística fundada em 2015 no Montijo. Multidisciplinar desde a sua apresentação pública, este colectivo dirigido por Maria Mascarenhas e Levi Martins tem desenvolvido simultaneamente trabalho de criação artística e acções culturais complementares, tendo produzido espectáculos de teatro, documentários, livros, organizado conversas e concertos. A Companhia Mascarenhas-Martins é uma estrutura apoiada pela Câmara Municipal do Montijo e pela Junta de Freguesia da União das Freguesias de Montijo e Afonsoeiro. O disco “Terrível Estado” conta com letras de Miguel Branco, música de André Reis e Levi Martins.

ZZY – “Asylum” // O produtor ZZY tem novo álbum, “Asylum”, já disponível. O músico barreirense tem tido um percurso «tão prolífico e criativo que chega a ser difícil ignorar o seu trabalho». Depois da nostalgia pianística de “Mariana”, da electrónica mais lenta fundida com jazz em “Plastic Jazz” e da outra electrónica mais carregada de “Disorder”, surge este “Asylum”. Para lá dos trabalhos discográficos de longa duração, «o output de José Veiga é bem mais extenso, com muitas faixas soltas lançadas e com diferentes colaborações – inclusive no duo Lunnar Lhamas, com George Silver. O álbum de ZZY vai buscar referências desde o conceituado sociólogo Erving Goffman Asylums: Essays on the Social Situation of Mental Patients and Other Inmates até ao filme Shutter Island, protagonizado por Leonardo Di Caprio e com direção de Martin Scorsese, e incide sobre a saúde mental, em grande destaque em período pandémico. “Asylum” é o resultado de uma variada experimentação sónica levada a cabo por José Veiga que volta a fundir a linguagem do digital com algumas oscilações analógicas. O produto final? Uma nova aglutinação de camadas de electrónica, entre o industrial obscuro e o IDM mais sentimental».

SOFIA HOFFMAN – “Esperarei” // “Esperarei” é o mais recente single de Sofia Hoffmann que traz consigo convidados de luxo, com a produção do reconhecido pianista norte-americano John Beasley e participação de Gaurav Mazumdar, um dos maiores interpretes indianos de sitar, discípulo de Ravi Shankar. O novo tema é o primeiro single de avanço do seu novo disco, que sucede ao álbum de estreia “One Soul”, que a tornou «num nome incontornável entre os novos interpretes de música jazz em Portugal». Escrito por Sofia Hoffmann, “Esperarei” explora «as particularidades do amor no momento em que a pandemia impõe separação e distância, mas encontra também aí uma mensagem de esperança e a capacidade de superar tempos difíceis como os que atravessamos». Gravado à distância entre Los Angeles, o estúdio Vale de Lobos, em Sintra, e Nova Déli, o novo tema de Sofia Hoffmann aprofunda os diálogos que a sua música tem vindo a estabelecer entre o jazz e a música clássica indiana, com dois colaboradores de peso.

L-ALI – “Raramente Satisfeito” // A estreia do vídeo do tema “PersPicasso” anunciou o lançamento deste trabalho do rapper lisboeta, disponível em formato digital e em vinil. “Raramente Satisfeito” é um conjunto de temas que L-ALI criou num período que apelidou de ‘loop existencial’, caracterizado pela auto insatisfação constante com a sua arte. Este estado de espírito criativamente inquieto materializa-se agora em 6 faixas que chegam em forma de um EP que conta com a participação de Lunn, Here’s johnny, Holly Hood, Joah e o próprio L-ALI na produção, e ainda a participação de Mirai.

FIL – “Estou A Mais” // O tema “Estou A Mais” faz parte de “Fractura”, álbum a editar em breve por FIL, Filipe Carapeto, músico que, desde novo, começou a tocar guitarra e a escrever músicas autobiográficas. Por volta de 2018, criou a banda Bali, como forma de interpretar os seus temas, e apresenta-se agora a solo como FIL, nome por que é tratado pelos seus amigos. “Estou A Mais” é uma música sobre «as divisões que surgiram dentro dos Bali e sobre o processo de abandonar um projecto tão pessoal e escolher embarcar numa aventura a solo». O videoclipe segue o protagonista pelas ruas de uma Lisboa abandonada e explora os temas de alienação e de romper com o passado.

DUARTE – “ReViraVolta” // Partindo da ideia de que “No Lugar Dela” é um disco «de combate à malícia dos dias, conceptual e fundamentado num exercício empático», chega agora o primeiro single “ReViraVolta”. Este lugar, ou este exercício empático, afirma o autor, foi também proposto ao departamento de imagem, composto por Isabel Zuzarte (fotografia) e a Cristina Viana (desenho e vídeo). Com letra e música de Duarte, “ReViraVolta” tem produção de Sérgio Rodrigues e Carlos Menezes, orquestrações e arranjos de Sérgio Rodrigues e foi gravado, misturado e masterizado por Fernando Nunes no Atlântico Blue Estúdio e Estúdio Pé de Vento.

FILIPE FURTADO – “Teresa Da Nazaré” // A mais recente canção do álbum “Prelúdio” é inspirada «na carinhosa figura da avó materna» de Filipe Furtado, uma homenagem em tom de oração sobre sonhos de juventude e paixões de outros tempos. Uma reflexão «sobre a passagem do tempo, o envelhecer, a solidão e, também, sobre fé ou a falta dela. A curiosidade sobre o passado, as escolhas e os rumos da vida surgem pelos versos com a certeza de que, na paixão, temos sempre 17 anos». Nascido e criado em Ponta Delgada, troca as ilhas pela cidade de Coimbra em 2010, para prosseguir estudos na área do jornalismo. Por lá ficou, mas a paixão pela música falou mais alto e terminada a licenciatura ingressou no curso de jazz da Tone Music School. Com a guitarra como companheira, começa a escrever, a experimentar, a musicar alguns poemas e a ganhar coragem para cantar em público. Em 2020, gravou na Blue House o seu disco de estreia “Prelúdio”, do qual também já se encontram disponíveis “Uma Coisa Linda De Morrer” e “Menina Do Techno Não Samba“.

 

Mais uma semana, mais uma ronda de Viriatada, o espaço que a AS dedica aos lançamentos da música portuguesa.