Yamaha Revstar RS720B
As novas Revstar deixam uma mensagem bem clara: a Yamaha pretende partir a loiça toda. Estas guitarras são resultado da maior actualização à forma clássica do corpo de guitarra Yamaha em mais de uma década, após três anos de intensos estudos e desenvolvimento.
As Revstar apresentam mudanças no design do corpo e braço, inspiração vintage nos pickups e inovações tecnológicas como o Dry Switch e o tratamento Initial Response Acceleration. Simples, compactas, dinâmicas e versáteis. Cada um dos modelos, que tresandam a um vibe boutique, foi projectado para ter a sua própria personalidade, em vez de soarem a versões de menor qualidade enquanto se desce a hierarquia da gama.
A RS720B apresenta um visual exótico e atraente, numa construção com um equilíbrio extraordinário. O corpo, com tampo flamed maple, é em mogno, tal como o braço que acolhe num design set-neck. A escala é rosewood, com 22 trastes jumbo numa extensão de 24 3/4” e um raio de 13 3/4”. Na ponte deste modelo Revstar específico, conjugado com o sistema tune-o-matic, destaca-se um Bigsby B50. O circuito possui os VT5+, um par de pickups especificamente criados pela Yamaha, inspirados nas unidades Tron vintage, que são controlados por um comutador de três posições, por um potenciómetro de volume e um potenciómetro de tone (que possui ainda a função Dry Switch, num sistema push-pull).
A construção desta guitarra raia a perfeição
A tecnologia IRA (Initial Response Acceleration) pretende imitar e acelerar o conforto e a relação dinâmica entre guitarra e guitarrista. Para evitar os anos e horas que a tensão entre acabamentos, madeiras, corpo, braço, escala, nut, ponte, etc., leva a libertar-se, a IRA é um processo que consiste em aplicar vibrações às guitarras já construídas, acelerando a sua precisão de resposta, calibrando a sua acção e “desformatando” o seu som. Os resultados do tratamento são analisados antes dos instrumentos abandonarem a fábrica.
A Arte Sonora já visitou, inclusive, as fábricas japonesas da Yamaha Guitars, mas crer que um processo tecnológico fosse realmente capaz de imitar algo meio místico, como é a transdução entre músico e instrumento, era motivo para cepticismo. Isto para dizer que, das duas, uma: ou a construção desta guitarra raia a perfeição ou a tecnologia IRA (Initial Response Acceleration) tem um desempenho assombroso.
REVIEW COMPLETA NA EDIÇÃO AS#52