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Cancer Bats, amplificadores em chamas

Cancer Bats, amplificadores em chamas

2015-09-06, Lisboa
Redacção
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Máquinas de fumo e amplificadores altos, os canadianos Cancer Bats entram em palco depois da actuação energética dos espanhóis Wilderness, que acompanharam o grupo nesta mini digressão ibérica.

Apesar de uma sala pouco composta, só ficou a perder quem não foi. Para quem não sabe os Cancer Bats são uns verdadeiros animais de palco, e são daquelas bandas que se pode dizer orgulhosamente que ainda são melhores ao vivo do que em disco. O vocalista Liam Cormier e companhia sabem agarrar desde cedo o público pela mão, incentivando a audiência a participar na festa, não que fosse preciso esse incentivo, pois o “caos” já estava instalado. Sempre com uma abordagem cómica, e de bastante agradecimento pela hospitalidade portuguesa (confessaram que aproveitaram o domingo solarengo para fazer um prainha e apanhar umas ondas), o quarteto, apesar de vir apresentar o seu mais recente álbum “ Searching for Zero”, deste ano, desfilou temas de todos os seus trabalhos, incluído a clássica “Pneumonia Hawk”, e as cantadas em plenos pulmões “R.A.T.S” e “Hail Destroyer”.

“Lucifer’s Rocking Chair” foi sem dúvida um dos momentos mais altos da noite, talvez o tema em que a banda mostra de forma mais vincada a sua veia southern rock, garantiu o headbang de toda a plateia, que soube cantar de início ao fim todos as letras das músicas tocadas.

Houve ainda tempo para a homenagem ao saudoso Adam Yauch (MCA), dos Beastie Boys, na sua versão de “Sabotage”. Apesar de já se ter tornado um habitué na setlist dos canadiano, o público entra sempre em loucura com o poderio da malha, e aquelas linhas de baixo vincadas. Sing-along’s por todo o lado foi garantido.

Quatro temas antes do fim, surgiu o primeiro e único problema técnico, o microfone de Liam deixou de funcionar, mas isso não o impediu de comunicar. Microfone desligado, falou com a audiência sem qualquer artefacto, referindo que sinceramente não precisava do dispositivo para continuar a actuação, pois o público sabia de tal maneira as letras que bastava a banda tocar e o público cantar para a festa continuar.

Problema resolvido, a recente “Satellites” ecoou pela sala, tendo o espetáculo, de cerca de 1 hora e 20 minutos, sido fechado com chave de ouro, a devolução total ao público. Toda a banda saltou imediatamente do palco para cumprimentar todos os presentes, enquanto se ouvia o pedido para mais uma tema, ao qual o baixista Jaye Schwazer fez sinal que não podiam mesmo, devido ao horário de funcionamento do espaço.

Feroz, emocionante e implacavelmente pesado, foi um lembrete enfático do que os Cancer Bats realmente são.

Foto: Hell Xis Agency

SETLIST

  • 01. True Zero
    02. Bricks & Mortar
    03. Sorceress
    04. Pneumonia Hawk
    05. R.A.T.S
    06. Pray For Darkness
    07. Arsenic In The Year of The Snake
    08. Hail Destroyer
    09. Shillelagh
    10. Drunken Physics
    11. Fake Gold
    12. Beelzebub
    13. Lucifer´s Rocking Chair
    14. All Hail
    15. Sabotage (Beastie Boys Cover)
    16. Satellites