Fazendo um pequeno e rápido exercício de memória sobre as tendências dos últimos anos no rock popular, não será difícil perceber que, a par do revivalismo de psicadelismo encabeçado pelos australianos Tame Impala, uma das vertentes que mais se destacou foi a dream pop.
E para isso, basta recordar nomes como Daughter, Camera Obscura ou Beach House, que não só apresentaram três belas vozes femininas, como contribuíram positivamente para o crescimento e desenvolvimento da reconhecida “pop dos sonhos”. Desta feita, juntam-se ao grupo os Lowly.
Heba é mais um bom disco. É mais dream pop para os nossos ouvidos.
Oriundos da Dinamarca, o primeiro disco de longa-duração, “Heba”, é mais um bom exemplar do que a dream pop tem de melhor. Introspectivo, melancólico e encantador. “Heba” conecta os três elementos-chave de um estilo que, normalmente, liberta doses equivalentes dos mais profundos sentimentalismos, com tanto de extensos e intensos, como de harmoniosos e espirituosos. A isso, a banda acrescenta pormenores de electrónica, desenhados por uma arquitectura art pop e uma excelente interpretação de minimalismo. E, uma vez mais, destaca-se uma bela voz no feminino, Soffie Viemose.