Diz-se que o tempo cura tudo. O tempo, e porque não, a música. Especialmente aquela que irrompe e está presente nos momentos mais pesados, complicados e deprimentes. A maior e melhor companheira dos eternos amargurados. Aqueles que mais sentem, mais sofrem, não esquecem ou nunca aprendem, como Lykke Li.
“I Never Learn” é a soma das partes de um profundo e imenso desgosto. Infelicidade, sofrimento, lamento, arrependimento e resignação. A queda e desconsolação dos que ficam agarrados, destroçados e condenados à maior desgraça e infortúnio do amor. Ao terceiro lançamento, Lykke Li está cada vez mais sensível e vulnerável. Deixou, definitivamente, a inocência e luminosidade de “Youth Novels” e reaparece com maior maturidade, complexidade, melancolia e introspecção. Canções essencialmente mais densas, nostálgicas e emotivas que há muito se desligaram da simplicidade e fugacidade da pop.
Para um desgosto, um reconforto.