Chega a embalagem, um desenho colorido, uma agradável paisagem. Vem a expectativa, um nome desconhecido, um selo de categoria. Começa a música, um estilo alternativo, uma estreia com astúcia. “Dry Food” é o primeiro disco de longa-duração dos Palehound. “Dry Food” é bom.
Dry Food tem beleza e um dos melhores versos do ano.
Fresco, destemido e promissor. “Dry Food” é uma personificação directa e precisa da sua principal mentora, Ellen Kempner. É música pensada e elaborada por uma jovem de tenra idade, é som com critério, essência e habilidade. No conjunto soa simples, mas tem complexidade. Na forma parece uniforme, mas tem diversidade. E mesmo que em determinados momentos tenha demasiados toques de Pixies, Speddy Ortiz ou Pavement. Uma canção como “Molly” tem rock e balanço. “Cinnamon” tem psicadelismo e crescendos bem desenvoltos. “Dry Food” tem beleza e um dos melhores versos do ano.
Diga-se assim de passagem… Há discos com interesse e honestidade. Há coisas que são próprias da idade.