Rock In Rio Lisboa 2022: A Energia Contagiante dos UB40 Ft. Ali Campbell

O Reggae bem disposto dos UB40 embalou a plateia num final de tarde nostálgico no parque da Bela Vista.

Os UB40 fazem-nos viajar no tempo até ao ano de 1978 em Inglaterra. Fizeram parte da onda que trouxe o reggae e o ska às massas, fundindo sem qualquer pudor a sua sonoridade com a pop. Ali Campbell foi e é a voz inconfundível de hits como “Red Red Wine”, “Can’t Help Falling In Love”, “I Got You Babe”, “Kingston Town”, “Please Don’t Make Me Cry”, e “Homely Girl”, tornando-se provavelmente na “banda de covers” mais bem sucedida do mundo. Mas chamar-lhes “banda de covers” não faz justiça à grandiosidade e popularidade que a banda atingiu (como se provou pela plateia do Rock In Rio), pois os UB40 são também responsáveis pelas populares canções originais “King”, “Madam Medusa”, “Food for Thought”, “Signing Off” e “One in Ten”.

Numa noite que prometia muita nostalgia e pisando o palco após os ícones do post-grunge Bush, os UB40 apresentaram-se perante uma plateia que fielmente os esperava – não desiludiram os maiores fãs e com certeza ganharam novos seguidores mais jovens.

O sol de fim de tarde que pairava sobre o recinto do parque da Bela Vista encaixou perfeitamente num concerto sorridente e bem disposto.

Rock in Rio Lisboa 2024: Extreme e o Glorioso Regresso a Casa do Shredder Nuno Bettencourt

Um boné do Benfica na cabeça, a bandeira nacional e dos Açores às costas e uma interpretação sentida da "Portuguesa", assim foi o regresso à pátria mãe de Nuno Bettencourt. Passados 10 anos do último concerto em Lisboa, os Extreme foram acarinhados por dezenas de milhares de portugueses e corresponderam com uma performance enérgica e carismática. A atravessar um dos melhores momentos da sua carreira, a banda de Boston veio ao Rock in Rio apresentar a novidade "Six", mas não esqueceu clássicos como "More Than Words", "Get The Funk Out" e "Hole Hearted". 

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A voz distinta de Ali continua lá, bem cuidada e delicada, acompanhado de músicos excepcionais, que conta com um percussionista (este que também canta por vezes e o mais comunicativo em palco), baixo, guitarra, bateria, teclados e duas pessoas no coro. O alinhamento começou com “Here I Am (Come and Take Me)”, cover de Al Green, um presságio do concerto cheio de boas vibes e capaz de colocar um sorriso na cara mesmo nos espectadores mais carrancudos.

A voz distinta de Ali continua lá, bem cuidada e delicada, acompanhado de músicos excepcionais.

Seguiram-se “The Way You Do the Things You Do”, “Homely Girl”, “Groovin’ (Out on Life)” e “Cherry Oh Baby”, canções que (à excepção de “Groovin’ (Out on Life)”, um original) ganham outra vida com o groove e boa disposição do reggae dos UB40. O clássico original de Prince “Purple Rain” foi o suficiente para converter os mais cépticos que não acreditam em “bandas de covers”, e provou mais uma vez que Ali Campbell «com tantos hits, consegue tocar a noite toda» como referiu o percussionista. Com uma telecaster vermelha adornada de pickguard espelhada, Ali acompanhou a banda com o clássico “strumming” típico do raggae, mostrando-se confiante durante todo o concerto e espalhando uma energia contagiante.

“Can’t Help Falling in Love”, originalmente de Elvis Presley e a mais esperada da noite “Red Red Wine”, de Neil Diamond, fecharam o concerto que durou cerca de 1 hora e preparou a plateia para os A-ha, a banda que se seguiu no palco Mundo.