Quase 15 anos depois de ter deixado os Whiskeytown e praticamente o mesmo número de álbuns a solo, Ryan Adams continua a fazer grandes discos, sempre com essa sensação de que se ouvem melhor com um copo de “água de fogo” na mão.
Uma Strat e um Princeton Reverb. Canções simples e trivialmente bonitas.
Aquele cenário de bar do interior norte-americano, semi-vazio, com figuras solitárias e um duelo de snooker, com os oponentes acompanhados por namoradas de mini-saia de ganga e cabelo oxigenado. É certo que Ryan Adams soa como um fã de Bob Seger ou de Springsteen, mas há similaridades que soam sempre bem. Canções simples, trivialmente bonitas. Parece que está, finalmente, a atingir o mainstream. Que o faça com esta capacidade de manter todos os seus pressupostos originais é algo reservado a poucos.
Há aquela história de um nome que parece parodiar um outro contador de histórias canadiano. O som de Strat através de um Princeton Reverb revela que, os nomes de ambos são uma coincidência congregada neste álbum homónimo no fascínio por um fascínio sonoro similar.