Deprimir nunca foi bom. Nunca se pareceu, nem associou a algo de belo e positivo. Nunca se aprecia, quanto mais anseia ou deseja experimentar. Nunca, até se ouvir “Supermoon” de S. Carey.
Supermoon” é brando, sossegado e cristalino
Gravado sobre uma lua maior em Agosto do Verão passado, “Supermoon” é brando, sossegado e cristalino. Ao toque de um piano fino e sussurros íntimos, S. Carey reinventa “Fire-Scene”, “We Fell”, “In The Stream” e “Neverending Fountain” dos primeiros discos, “All We Grow” e “Range Of Light”. Assim como regista a homónima “Supermoon” e pede emprestado “Bullet Proof… I Wish I Was” aos estimados Radiohead. Quase nada de novo, quase tudo remodelado. Pouco mais do que conhecidas canções despidas em natureza e alma até à mais cândida origem. Versões leves e alternativas reinterpretadas por notas singelas e confissões sinceras de um autêntico cantautor. Sentido, reservado, minucioso e espantoso.
Porque afinal, nem tudo tem que ser mau quando se está deprimido.