The Legendary Tigerman, “Release the Tiger!”

Em plena noite de quarta-feira, o Sabotage Club encontra-se cheio à espera do “ Lendário Homem-Tigre”, desta vez acompanhado com Paulo Segadães na bateria e João Cabrita no saxofone, depois de vários anos como homem-orquestra.

Como introdução, Furtado inicia a solo com a bela “Hey, Sister Ray”, a marcar passo no seu kick pad. Sabemos da excelente colaboração da Rita Redshoes e o seu piano, nesta malha do álbum “Femina”, mas Tigerman mandou bem sozinho. De seguida, Segadães e João Cabrita entram em cena, iniciando um sequência de Blues Rock que extasiou o aconchegado espaço do Sabotage. A fera de coração partido “Wild Beast” e a soberana “Storm Over Paradise” apresentaram o mais recente álbum, “True”, um dos melhores álbuns nacionais de 2014 para a Arte Sonora.

Comprovou-se a necessidade citada por Paulo Furtado, de sentir-se acompanhado em palco e de se libertar. Com a ajuda dos dois talentosos músicos, o homem era um autêntico tigre em plena selvajaria.

Segue-se “Then Came The Pain”, “Gone”, “I Got My Night Off”, numa frenética demonstração de Rock ‘n’ Roll “Bluesiano”. Comprovou-se a necessidade citada por Paulo Furtado, de sentir-se acompanhado em palco e de se libertar. Com a ajuda dos dois talentosos músicos, o homem era um autêntico tigre em plena selvajaria. Duelos de guitarra e saxofone deliciavam os presentes que retribuíam com merecidas ovações. “20 Flight Rock”, “ My Heart Safe At Home”, “Dance Craze”, ora Gibson SG, ora a bela Gretsch 6120-1959LTV Chet Atkins Hollow Body, eram as guitarras que passavam pelas mãos do prestigiado músico português.

A “These Boots Are Made For Walking” de Lee Hazlewood, foi homenageada com mestria, tanto por parte de Legendary como por parte do público que acompanhava em uníssono no refrão. Em “21st Century Rock ‘n’ Roll”, é soltado todo o espírito selvagem e característico, com Paulo Furtado a infiltrar-se no nosso meio, obrigando o roadie a trabalhar com os cabos do palco para não arrastar ninguém pela frente. Sobe para o balcão do Sabotage e alonga a malha com a participação do público eufórico. Incansável, o músico acaba a música com o uso do seu Copycat, a invocar sonoridades vintage do tempo do analógico.

O concerto encerra com a “Love Ride”, como um relaxamento sucedido de um bom clímax. Foi uma noite que, sem dúvida, perdurará bastante tempo na memória.