Uma das melhores qualidades que a música tem para nos oferecer é a possibilidade de ser associada a qualquer imagem, pessoa, momento ou sentimento. Com motivo ou sem motivo. Com sentido ou sem sentido. A música tem a capacidade e a facilidade de despertar todo o tipo de emoções e sensações, não importa a razão ou a lógica, o que importa é o que se sente. E o que se sente em “Life Of Pause”, dos Wild Nothing, é agradável e tranquilo, sabe bem.
É banda sonora para longos dias de verão. É luz que prevalece sobre a escuridão.
É a pop disfarçada de pós-punk e shoegaze. É uma simetria translúcida e deslizante. Suave e consistente, “Life Of Pause” não é profundo, nem perfura, mas é interessante. Puxa e resulta por toda a composição, uma produção que junta guitarras, baixos e sintetizadores precisos e coerentes. E de facto, “Life Of Pause” não é frenético ou electrizante, mas deixa um rasto de bom ambiente.
Nada que os Wild Nothing já não tenham feito. Nada para que Jack Tatum não tenha imenso jeito.