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Faith No More, Reunião Sem Disco

Faith No More, Reunião Sem Disco

Redacção

Depois de, em 2018, ter afirmado que escrevia regularmente com os colegas Mike Bordin e Billy Gould, Roddy Bottum diz aos fãs que não esperem nova música dos Faith No More. O teclista da banda explicou também os motivos para o regresso.

Com a reunião da banda confirmada, tal como a passagem por Portugal neste 2020, o teclista Roddy Bottum diz que os fãs dos Faith No More não devem colocar muita fé num novo álbum de originais. Em 2018, o mesmo interlocutor afirmou que estava a escrever música com Mike Bordin e Billy Gould, seus companheiros nos FNM.

Em entrevista, confessava ir periodicamente a São Francisco ter com os seus colegas: «O que fazemos é muito especial, uma coisa singular que partilhamos – especialmente eu, o Mike e o Billy… Desde muito novos que começámos a fazer música, então basta-nos estar numa sala e temos uma linguagem própria que se eleva alto e distintamente. É questionável onde nos leva, mas é inegável que existe num sentido familiar. E creio que todos reconhecemos que isso é algo a que não queremos voltar costas, até por ser tão gratificante. Portanto, de modo a progredir e fazer nova música, continuamos a juntar-nos e a fazer novos sons e encetar um diálogo sobre planos e canções para o futuro».

Mas agora, numa recente entrevista com a Kerrang!, Bottum colocou água na fervura, afirmando que os Faith No More não têm planos para gravar nova música.

«Não temos quaisquer planos. Creio que estamos numa idade ou num período nas nossas vidas no qual olhar para trás, para o que fizemos, é um sítio de enorme significado. Sinto-me extremamente orgulhoso daquilo que fizemos como nunca me tinha sentido anteriormente. Penso que há uns anos atrás me sentia desconfortável, como se nos estivéssemos a aproveitar das pessoas por apenas irmos para a estrada tocar canções antigas, mas por qualquer razão sinto-me de forma diferente a esse respeito. Penso que o nosso legado fala por si só e pelo seu lugar no mundo actual. É refrescante e apropriadamente provocatório regressarmos. É um bom exemplo de excentricidade de esquerda, se preferirem».

O teclista admitiu ainda que o regresso dos Faith No More foi ponderado durante bastante tempo.

«Penso que colectivamente estávamos num ponto em que sentíamos que aquilo que tínhamos feito cinco anos antes, quando nos reunimos e subsequentemente gravámos e andámos em tour [em relação ao álbum “Sol Invictus”], estava incompleto». O músico explicou: «Há lugares onde não fomos, coisas que não fizemos e coisas que gostávamos de ter feito ao vivo e não fizemos. A opção de tornar a fazê-lo estava presente, mas demorámos um pouco a convencer-nos da forma como queríamos fazê-lo e qual seria o ímpeto para seguir em frente».